Você sabe o que é zero day? Que tipo de malware é projetado para tirar vantagem de uma falha de segurança antes que ela seja conhecida?
Provavelmente, os gestores de TI já se depararam com essas perguntas, que estão intimamente conectadas. Afinal, estamos falando de uma vulnerabilidade que abre as portas para ataques cibernéticos gravíssimos.
Se você não está preocupado com isso ainda, vamos trazer um dado para acender o alerta. De acordo com o Relatório SonicWall de Ameaças Cibernéticas 2022, quase todas as ameaças monitoradas, assaltos digitais maliciosos e ataques cibernéticos aumentaram em 2021.
Ameaças criptografadas, ransomware, malware na IoT e cryptojacking são apenas alguns exemplos. E você sabia que o Brasil é o quarto maior alvo de ataques de ransomware no mundo?
Não se pode brincar quando o assunto é segurança da informação. Por isso, vamos explicar o que é uma vulnerabilidade zero day, como funcionam os ataques e muito mais!
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Dia zero é uma falha que acabou de ser conhecida pelo fornecedor ou desenvolvedor, e ele possui exatamente “zero dias” para corrigi-la antes que seja alvo de um ataque.
Quando falamos sobre zero day, o que é, precisamos entender as três questões relacionados a ele:
O ataque zero day, como apontamos, ocorre quando os cibercriminosos detectam a vulnerabilidade antes dos desenvolvedores ou fornecedores.
E os hackers exploram as vulnerabilidades de diversas maneiras, de acordo com a forma pela qual eles as descobrem.
Após identificá-las, eles buscam uma maneira de alcançar o sistema vulnerável, como e-mail de engenharia social. Com ele, há uma tentativa de convencer o usuário a realizar uma ação, baixando o malware do invasor
O criminoso pode também criar um código de exploração. Esse código pode vitimar os usuários com roubo de identidade e outros crimes virtuais.
Após criar o código, pode ser que o público ou os desenvolvedores descubram o problema. Neste momento, os profissionais corrigem o problema com um patch, recomendando a atualização dos sistemas. Porém, isso nem sempre ocorre com tanta rapidez.
E quem são esses cibercriminosos?
O ataque zero day pode ter diversas origens quando olhamos pelo aspecto de quem pode realizá-los. São eles: criminosos virtuais, empresas, guerra virtual e hacktivistas.
Os criminosos virtuais ou cibercriminosos são hackers que fazem ataques com a motivação de ganho financeiro, em geral.
Outras empresas também podem realizar os ataques de dia 0, o que é chamado de espionagem corporativa, pois a finalidade é obter informações.
Atores políticos ou países atuam em meio digital para espionar outro país e/ou atacar sua infraestrutura virtual.
Recentemente, você deve se lembrar dos relatos da Ucrânia sobre uma onda de ataques cibernéticos, no contexto da guerra com a Rússia. É um exemplo de guerra virtual.
Os hackers que se motivam por uma causa política ou social são os chamados hacktivistas. O objetivo dos ataques é ganhar visibilidade para atrair atenção para sua causa.
Perceba que há uma ampla gama de vítimas em potencial, que inclui desde indivíduos que usam um sistema vulnerável a grandes organizações e alvos políticos.
Mas o que pode ser invadido no zero day? Veja a seguir alguns sistemas e componentes que podem ser objeto de ataque.
Os hackers de dia zero podem explorar vulnerabilidades em uma variedade de sistemas e componentes. Confira:
Um dos objetos mais comuns de ataques de dia 0 são os sistemas operacionais, especialmente os desatualizados.
O ataque do ransomware WannaCry em 2017 é um bom exemplo, porque ele se aproveitou de uma falha no sistema Windows.
Os navegadores da web também podem ser portas de entrada para este ataque cibernético. Uma técnica comum para explorar essa vulnerabilidade são os métodos de phishing de e-mail.
Existem ataques direcionados a dispositivos de IoT, como relatado em 2020 nos roteadores da Tenda.
Uma botnet IoT baseada no malware Mirai explorou vulnerabilidades zero day nos roteadores da Tenda.
Além de infectar os dispositivos e favorecer os ataques DDoS, ela implementou diversos meios de invasão usando roteadores como proxies.
Os softwares dependem cada vez mais de componentes de código aberto. O problema é que tais componentes, especialmente diante da falta de atualização, abrem brechas para ataques hackers.
Você provavelmente ouviu falar do zero day que atacou os chips Intel, certo? É um exemplo de ataque em hardware.
As invasões de dia zero podem trazer muitos prejuízos para a empresa, tais como:
As vulnerabilidades de dia zero assumem diversas formas, como bugs, criptografia de dados perdidos e algoritmos danificados.
Exatamente por essa natureza variável das vulnerabilidades, é difícil identificar possíveis ataques zero day.
Porém, existem algumas técnicas de detecção de dia 0 e práticas que podem contribuir. Veja alguns exemplos:
Para entender melhor o zero day, o que é, vamos ver alguns casos reais de ataques!
Que tipo de malware é projetado para tirar vantagem de uma falha de segurança antes que ela seja conhecida? A resposta para isso você confere com alguns exemplos de ataque de dia zero!
O caso Stuxnet é tão famoso que virou documentário (“Zero Days”). O ataque remonta a 2005, mas foi descoberto pela primeira vez cinco anos depois.
O worm de computador malicioso afetou usinas de enriquecimento de urânio do Irã para atrapalhar o programa nuclear do país.
Como? Atingindo um software de controlador lógico programável (PLC), provocando comandos inesperados na linha de montagem.
As instituições governamentais da Europa Oriental foram alvo de um ataque devido à vulnerabilidade de privilégio local do Microsoft Windows.
A exploração de dia zero aproveitou a falha para instalar aplicativos, executar um código arbitrário, e visualizar e alterar os dados em aplicativos comprometidos.
Nem mesmo a mais segura das plataformas de smartphone fugiu do ataque de dia 0. Em 2020, dois conjuntos de vulnerabilidades foram identificados, e um bug permitiu que os invasores comprometessem iPhones remotamente.
Considerando que os ataques de dia zero acontecem exatamente pelo desconhecimento da falha, as equipes de TI precisam adotar cuidados que minimizem as chances de ciberataques.
Com boas práticas de segurança virtual, é possível reduzir os riscos. Inclusive, de acordo com a Statista, a receita de cibersegurança no Brasil somou quase 3,8 bilhões de dólares em 2017, mas deve atingir 5,56 bilhões de dólares até 2022.
Veja a seguir algumas opções para garantir a cibersegurança:
Firewalls são paredes digitais entre o mundo exterior e seu sistema, motivo pelo qual desempenham um papel essencial para garantir máxima proteção.
Em um eventual ataque de hackers, eles terão mais trabalho para atacar seu sistema.
Todos os softwares e sistemas operacionais utilizados na empresa devem ser atualizados constantemente. Afinal, você já sabe que os fornecedores fazem correções de segurança para lidar com as vulnerabilidades que foram identificadas.
Além das correções, as atualizações removem partes antigas ou inutilizadas de programas, corrigem bugs e introduzem novas medidas de cibersegurança.
Um antivírus abrangente não consegue, de fato, evitar falhas zero dar, mas mantém seus dispositivos seguros e bloqueia eventuais ameaças.
Ele pode, por exemplo, identificar malwares que apresentam comportamento suspeito ao explorar uma falha zero day.
A integração de redes e segurança é uma forma de resolver problemas de gerenciamento e conectividade em redes corporativas.
Ao promovê-la, por meio de um SD-WAN, por exemplo, o gestor poderá ter ganhos de qualidade e desempenho de acessos.
Afinal, é preciso atender às demandas no que se refere à conectividade entre suas unidades, certo? Empresas com matrizes, filiais e franquias precisam manter a segurança e a agilidade de processos e dados, o que é possível com essa integração.
A Algar Telecom atua no setor de Telecom e TI há mais de 60 anos, oferecendo serviços de alta qualidade.
Para o ambiente corporativo, temos, dentre outras soluções, o serviço de gerenciamento de rede e segurança.
Sua empresa busca ferramentas para proteger os dados corporativos e evitar o ataque zero day e outros ataques? Confira algumas soluções que a Algar Telecom pode oferecer:
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O ataque zero day pode trazer muitos impactos negativos para as empresas e é uma dor de cabeça para os gestores de TI. Por isso, vamos resumir a seguir as perguntas mais frequentes a respeito do tema.
Dia zero é uma falha de segurança que não era conhecida em um software ou hardware. Por isso, a partir do dia da descoberta da vulnerabilidade, os desenvolvedores têm zero dias para corrigi-la e evitar o ataque de hackers.
A vulnerabilidade 0 day é exatamente a brecha de segurança encontrada em softwares que ainda não era conhecida.
Caso ela não seja corrigida imediatamente, torna-se um grande problema para a segurança da informação. Afinal, um malware pode invadir o sistema e causar ainda mais danos a ele.
A vulnerabilidade em dispositivos e softwares são brechas de segurança que se tornam porta de entrada para os ataques de hackers.
No caso da falha zero day, a vulnerabilidade se desdobra de duas maneiras: ela é descoberta primeiramente pelos desenvolvedores, que correm contra o tempo para fazer as correções, ou pelos hackers, o que possibilita os ataques cibernéticos.
É possível preparar a empresa para ataques hackers com sistemas que garantem a segurança dos dados e identifiquem as vulnerabilidades.
Além disso, vale mencionar novamente os cuidados básicos que pontuamos, que são a adoção de firewall e antivírus, as atualizações de softwares, a integração de redes de segurança e a educação dos usuários.
O ataque zero day ocorre quando o cibercriminoso se aproveita de uma vulnerabilidade desconhecida pelo fornecedor ou desenvolvedor.
Os prejuízos são inestimáveis para uma empresa, motivo pelo qual o gestor de TI precisa se atentar às boas práticas de segurança e às ferramentas que podem minimizar os riscos.
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