As pessoas certamente representam o ativo de maior relevância quando o assunto é o sucesso de uma empresa. Uma das razões para que isso aconteça está relacionada ao fato de que sem o capital humano nenhum dos outros tipos de capitais, como financeiro e institucional, por exemplo, podem ser integralmente desenvolvidos. Assim, as organizações são essencialmente formadas por pessoas que, organizadas em estruturas pré-determinadas, conseguem juntas criar valores, filosofias e objetivos relacionados ao negócio em que atuam. Esse conjunto de ações, determinante para a criação das estratégias que irão conduzir todo o trabalho, é o que torna possível vencer a concorrência, se destacar no segmento de atuação e, consequentemente, gerar maior valor para a empresa.
E é justamente para cuidar e fazer a gestão dessas relações humanas que existe o setor de Recursos Humanos (RH). Encarregado de cuidar do recrutamento, seleção, treinamento e relações trabalhistas dentro de uma organização, o RH precisa estar sempre atento ao modo como o relacionamento entre as pessoas, independentemente dos cargos que elas ocupam, é conduzido dentro da empresa.
Muitos princípios que ainda são utilizados por esse departamento foram criados no início dos anos 2000, quando o poder corporativo era profundamente centralizado e as estruturas hierárquicas muito rígidas. Com o boom da tecnologia e de aplicativos sociais, essa lógica começou a ser alterada e as organizações passaram a ser cada vez mais horizontais e colaborativas. Assim, o papel de ser apenas um cumpridor de regras mudou, e o RH passou a ser visto como um setor vital para a conquista e o desenvolvimento de gestores e colaboradores.
Desse modo, é preciso que as práticas relacionadas ao trabalho desempenhado pelos Recursos Humanos sejam repensadas e remodeladas, de acordo com esse novo cenário. Isso significa dizer que conceitos antigos, como revisão de metas anuais e treinamentos apenas em formato de eventos, precisam ceder espaço para uma forma sistêmica de gestão, em que as ações passem a ser recorrentes e que todos os níveis da empresa sejam envolvidos da mesma forma nessas ações. Nesse sentido, confira a seguir 6 estratégias relacionadas à gestão de talentos que o seu RH pode colocar em prática para potencializar a atuação do departamento dentro do seu negócio.
Criar formas de recrutamento que atendam às expectativas, tanto da empresa quanto dos candidatos, é o primeiro passo para o início de um bom trabalho. Deixar claro quais são as necessidades inerentes a cada tipo de vaga, saber comunicá-las além de aplicar uma seleção transparente, que ofereça feedback aos candidatos, são algumas das ações possíveis de serem colocadas em prática pelo setor. Investir em estratégias relacionadas à retenção de talentos e oferecer possibilidades atraentes de desenvolvimento e crescimento de carreira também são medidas que ajudam na estruturação de um modelo sustentável voltado para contratação e manutenção de bons profissionais por parte do RH.
Desenvolver uma cultura de pagamento por desempenho, que premia os colaboradores com base no alcance de objetivos pré-determinados pela empresa, é uma ótima maneira de motivar e intensificar o potencial dos talentos humanos. Estabelecer metas bimestrais ou trimestrais e fornecer feedbacks periódicos, a fim de melhorar o desempenho dos funcionários, são algumas das ações que podem aperfeiçoar esse trabalho, que normalmente é colocado em prática por meio de uma parceria entre os diretores da empresa e o RH.
Uma relação próxima entre o RH e o CEO da empresa é fundamental para um trabalho bem-sucedido de gestão de talentos. Para que as iniciativas sejam implementadas de forma eficiente, é preciso contar com o apoio ativo do CEO, uma vez que é ele a pessoa que normalmente disponibiliza os recursos e facilita a comunicação entre os diretores e os demais departamentos da organização.
Colaboradores felizes na empresa onde trabalham normalmente fazem a indicação da mesma para conhecidos. Por isso, criar uma cultura que valorize os talentos e faça com que eles se sintam realmente parte do time, é muito importante para que eles se tornem embaixadores do negócio, indicando a empresa a outras pessoas de seu convívio. Criar um programa de indicações, por exemplo, é uma ótima forma de colocar em prática ações voltadas para a valorização e manutenção dos colaboradores, uma vez que as pessoas só indicam conhecidos se realmente gostam dos locais onde trabalham.
Investir no desenvolvimento profissional dos colaboradores, por meio de cursos diversos, treinamentos e especializações, é uma das estratégias mais eficazes para a retenção de talentos. Essa ação faz com que o funcionário se sinta valorizado pela empresa e busque dar o seu máximo em prol do local em que trabalha.
A comunicação é vital para para que os objetivos da empresa sejam alcançados em sua totalidade. Por isso, ela deve permear todos os níveis hierárquicos da organização com o objetivo de descobrir desejos, dúvidas, opiniões e dificuldades das equipes de trabalho. Um maneira eficiente de trabalhar a comunicação em ambientes internos é aplicar os conceitos de endomarketing, que nada mais é que uma ferramenta que consegue capacitar, motivar e engajar os colaboradores visando envolver os objetivos pessoais de cada um na cultura organizacional da empresa.
O sucesso de uma organização está diretamente ligado às pessoas. Profissionais engajados, que realmente desejam dar o seu melhor em prol da empresa em que trabalham, representam uma das grandes vantagens competitivas de um negócio no mercado. Por isso, mesmo com um bom portfólio de produtos/serviços e poder de negociação relacionado a preços e estratégias de atuação no mercado bem planejadas, contar com os colaboradores certos pode fazer toda a diferença.
E você, já investe em estratégias para a gestão de talentos na sua empresa? Compartilhe conosco suas experiência nos comentários!
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