Provavelmente você já deve ter ouvido falar sobre um modelo de negócio disruptivo ou até mesmo já usa algum serviço assim. Nubank, Spotify, Netflix e Uber são alguns exemplos de serviços que chegaram para mudar tudo o que se conhecia até então sobre streaming de filmes, músicas, cartão de crédito e táxi.
O professor Clayton Christensen no livro “O Dilema da Inovação”, considerado por muitos especialistas como uma das leituras mais importantes do mundo dos negócios, usou pela primeira vez o termo Inovação Disruptiva. Um negócio que traz uma inovação disruptiva para o mercado desastabiliza seus concorrentes e torna ultrapassado tudo o que se conhece até então no seu segmento de atuação. Ou seja, é um produto ou serviço completamente novo, normalmente mais barato e que passa a atender novas expectativas de seus consumidores.
Nos últimos anos, muitos novos produtos e serviços foram lançados no mercado baseados em modelos de negócio disruptivos e, para alguns especialistas, esse é apenas o começo. Conheça a seguir alguns modelos de negócio que prometem ser uma forte tendência em pouco tempo.
Já ouviu falar em Bitcoin? Essa é uma tendência mundial que promete forte crescimento para os próximos anos. Ela é uma moeda que funciona na internet e dispensa a regulação de autoridades financeiras, como os bancos centrais. Criado para facilitar o pagamento de bens e serviços, todas as transações realizadas e a emissão da moeda são controladas pela oferta e demanda dos próprios usuários que fazem uso dela.
As bitcoins funcionam a partir de um processo de geração em que a pessoa, a partir de um programa de computador chamado Bitcoin Miner, consegue produzir suas moedas. Como qualquer outro tipo de unidade financeira, a variação do valor da moeda virtual está sujeita às constantes alterações do mercado, e já é possível converter as bitcoins em valores de moedas convencionais, como euro e dólar.
De acordo com a Snapcard, empresa especializada em pagamentos com bitcoins, mais de 15 mil comerciantes no Brasil já aceitam a moeda digital como forma de pagamento por seus produtos ou serviços.
Um carro totalmente elétrico com uma bateria que possui autonomia para rodar cerca de 400km: essa foi a grande inovação trazida por Elon Musk com a criação da Tesla. A empresa, que é uma montadora de carros elétricos esportivos, é responsável por causar grande impacto em um mercado principiante, já que carros movidos à eletricidade ainda não são comuns nas ruas.
Mesmo sabendo que ainda não é possível lançar um carro elétrico voltado para o grande público, devido ao alto custo das baterias e à sofisticada tecnologia que a mecânica do veículo demanda, a Tesla entendeu o mercado e desenhou um lindo e luxuoso sedã voltado para os clientes dispostos a pagar cerca de US$70 mil para adquirir um modelo de carro totalmente sustentável, com emissão zero de gás carbônico, e altamente tecnológico.
Elon Musk percebeu o potencial de mercado que até então não era aproveitado pelas grandes montadoras, e decidiu investir em uma empresa que visa alcançar cada vez mais consumidores com seus modelos inovadores. Além disso, a empresa promoveu uma grande ruptura no mercado com a venda direta de veículos, algo inédito até então nos Estados Unidos. Os consumidores interessados não precisam ir até uma concessionária para comprar um carro Tesla, a venda pode ser feita tanto através da internet quanto na própria fabricante.
Na mesma linha de inovação, Musk tem um projeto ainda mais disruptivo: o Hyperloop. Já imaginou fazer uma viagem de 600 quilômetros em apenas 30 minutos? É isso que o Hyperloop pretende proporcionar aos norte-americanos. Movido por energia solar e através de tubos de aço, pequenas cápsulas de alumínio levariam pessoas em velocidade de até 1.200 km/h. O projeto já está estruturado, e o inovador Elon Musk pretende agora convencer investidores a aplicarem cerca de US$7 bilhões, que é o custo avaliado para tal sistema ser implantado entre algumas cidades dos Estados Unidos, como Los Angeles e São Francisco.
Carros autoguiados: Antes algo quase inimaginável, os carros autoguiados podem estar nas ruas muito antes do que se pensa. É o que afirmam as fabricantes de veículos autoguiados, que pretendem lançar os primeiros modelos no mercado em 2020. E a expectativa é que até 2030 já existam modelos capazes de se movimentarem sem a presença de nenhum ser humano no interior do automóvel.
O principal objetivo de um carro autoguiado está relacionado a redução de acidentes e mortalidades em colisões, já que 90% dos acidentes decorrem de erros humanos. Além disso, a fluidez no trânsito e a diminuição no consumo de combustíveis são outras vantagens aguardadas com esses automóveis.
Drones: Os veículos areos não tripulados chegaram com força ao universo empresarial e prometem revolucionar setores da economia, como logística, serviços e agricultura. Para se ter uma ideia do potencial desse mercado, segundo a consultoria norte-americana especializada em indústria aeroespacial, Teal Group, em dez anos os drones civis devem movimentar mais de US$ 11 bilhões em todo o mundo.
As aplicações já são múltiplas. No Brasil, a Eldorado, empresa fabricante de celulose, investiu na compra de três drones para sobrevoarem as plantações de eucalipto a fim de encontrar mudas que não foram plantadas corretamente. Quando localizadas, essas mudas são replantadas, evitando a perda e aumento da produtividade. Com mais de 160 mil hectares de área plantada, os veículos não tripulados são a melhor alternativa para o monitoramento e controle da enorme plantação.
Outro exemplo de aplicação bem sucedida de drones é o da companhia de geração de energia AES Tietê, de São Paulo. Nesse caso, o robô voador é responsável pelo monitoramento das áreas de preservação ambiental. Antes, um relatório de ocupação irregular gastava mais de uma semana para ficar pronto, agora com o drone o mesmo relatório é gerado em apenas dois dias.
A Amazon, gigante varejista da internet, pretende em breve colocar em ação o plano de entregas de mercadorias via drones. Cerca de 86% dos produtos vendido por ela pesam até 2,5kg, o que torna possível que as entregas sejam realizadas tranquilamente por veículos não tripualados, diminuindo, assim, o tempo de envio das compras de seus consumidores.
Conhece algum outro modelo de negócio disruptivo interessante para dividir conosco? Compartilhe e nos conte a sua experiência!
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