Virtualização: o que é, tipos e como funciona o processo?

Escrito por humanos

O que é virtualização, tipos e como funciona o processo?

Presente no ambiente de TI da grande maioria das empresas, a virtualização é capaz de trazer inúmeros benefícios, desde a redução de custos operacionais até o aumento na eficiência de tarefas computacionais.

Mas você sabe como esse processo funciona na prática?

Se a resposta foi não, pode ficar tranquilo: neste artigo, explicamos tudo para você! Então, continue a leitura para entender mais sobre o conceito e as vantagens que ele pode trazer para o seu negócio.

Baixe o e-book exclusivo da Algar para descobrir como garantir a segurança de dados na sua empresa!

Leia também:

O que é virtualização?

A virtualização é uma técnica que permite criar diversos sistemas virtuais de TI, aproveitando a capacidade do equipamento físico de forma plena e distribuindo recursos entre várias pessoas ou ambientes.

Para isso, são utilizadas soluções que estão, normalmente, vinculadas a um hardware. 

De maneira geral, o processo cria uma espécie de máquina virtual dentro do sistema de um equipamento físico, como um computador, por exemplo. 

Isso dispensa a necessidade de ter uma grande infraestrutura física de TI. 

Além disso, ela pode melhorar a eficiência da área de TI de uma empresa, permitindo que os administradores adicionem, removam ou modifiquem servidores virtuais com mais facilidade, conforme necessário. 

A história da virtualização

Essa técnica começou a ser muito utilizada nos anos 2000, mas a sua história começou muitos anos antes, em 1960.

Tudo começou com o desenvolvimento de tecnologias que depois tornaram possível a criação de um sistema operacional virtual. 

Um exemplo disso são os hipervisores, softwares que funcionam diretamente no hardware do host para gerenciar sistemas convidados. São eles os responsáveis por criar e executar máquinas virtuais.

Esse tipo de solução foi desenvolvida com o objetivo de possibilitar o acesso simultâneo de vários usuários a computadores que realizavam o chamado processamento em lote, uma prática muito aplicada para agilizar a execução de tarefas repetitivas.

Hoje esse processamento em lote foi substituído pelas ferramentas de automatização de processos, que realizam essas tarefas de forma automática.

Mas, de volta a história, o passar dos anos trouxe outras soluções voltadas para a otimização do acesso simultâneo de vários usuários a uma única máquina, que agregaram ainda mais para o aprimoramento da técnica de virtualização.

Uma delas foi o time-sharing, ou tempo compartilhado na tradução para o português, tecnologia capaz de isolar usuários dentro de um determinado sistema operacional.

Já na década de 1990, com a grande maioria das organizações já trabalhando com servidores físicos e infraestrutura de TI, o desafio passou a ser outro.

Agora, as empresas viam-se limitadas, uma vez que cada servidor conseguia executar apenas uma tarefa específica. Isso trazia dois cenários: a falta de atendimento às tarefas da organização ou a necessidade de adotar diferentes servidores para dar conta das demandas.

Foi aqui que o processo de virtualizar sistemas ganhou destaque, trazendo soluções para aumentar a eficiência dos servidores, eliminar a dependência do fornecedor e assim também reduzir os custos de TI.

Hoje, o processo é amplamente utilizado pelas empresas e até mesmo softwares de gerenciamento dessa técnica já foram criados para facilitar o controle da tecnologia.

Quais são os tipos de virtualização?

Existem vários tipos de virtualização utilizadas pelas empresas, cada uma com aplicações diferentes para atender demandas específicas.

Conhecer os processos é importante para entender qual deles atende as necessidades atuais do seu negócio.

Por isso, separamos os principais modelos para compartilhar com você as características e funcionalidades de cada um. Confira a seguir.

Virtualização de servidorQuais são os tipos de virtualização?

Antes de mais nada, é importante entender o que é um servidor. Os servidores são computadores desenvolvidos para processar um grande volume de atividades específicas.

Esse processo é realizado para que outros dispositivos, como um notebook, por exemplo, possam desenvolver várias outras tarefas.

Neste contexto, a técnica garante ao servidor a possibilidade de realizar mais funcionalidades específicas, a partir da criação de várias máquinas virtuais.

Este método é o que permite que você execute várias máquinas virtuais no mesmo servidor físico, ou mesmo através de um cluster de servidores. 

É também o que torna possível mover as máquinas virtuais de um servidor para outro sem ter que mudar nenhum dos softwares que estão rodando neles.

Com este processo, cada máquina virtual pode executar seu próprio sistema operacional e aplicativos por meio de particionamento, eliminando a necessidade de adotar diferentes servidores em uma grande infraestrutura de TI. 

Eles também podem ser configurados para se comunicarem como se estivessem no mesmo servidor físico. 

Isso permite que as empresas consolidem vários servidores físicos em um único servidor, o que pode economizar dinheiro em custos de hardware e energia. 

Virtualização de sistemas operacionais

A virtualização de sistemas operacionais acontece no gerenciador de tarefas central, denominado de kernel. 

O processo é muito utilizado para possibilitar o uso paralelo de ambientes em diferentes sistemas, como Windows e Linux, por exemplo.

Com isso, é possível isolar e monitorar todas as instâncias virtuais, assim como reduzir custos com hardware em massa. 

Isto é diferente do método explicado anteriormente, que permite que você execute múltiplos sistemas operacionais no mesmo servidor físico.

Na técnica aplicada aos sistemas operacionais, cada ambiente compartilha o mesmo kernel que o hospedeiro, mas tem seu próprio conjunto de bibliotecas e binários de espaço do usuário.

Isto torna possível executar múltiplos sistemas no mesmo servidor físico sem que eles interfiram uns com os outros.

Algumas vantagens trazidas por essa técnica são:

  • menor sobrecarga dos sistemas;
  • aumento da segurança dos dispositivos;
  • redução de gastos e de tempo investido nos serviços de TI.

Virtualização de dados

Esse processo permite que as empresas reúnam dados de diferentes fontes, garantindo que elas sejam tratadas como uma única fonte.

A partir disso, o tratamento de dados é simplificado e as informações são disponibilizadas no momento certo para os usuários, já com o formato adequado para as necessidades de cada um.

O processo contribui não só para otimizar o gerenciamento de dados, mas também para acessar grandes quantidades de dados rapidamente de maneira eficiente, assim como para criar backups das informações.

Tudo isso ajuda na acessibilidade, no controle e na segurança dos dados, facilitando diversas tarefas internas e externas da empresa.

Virtualização de desktop

Este método permite que os administradores criem ambientes de desktop simulados em diversas máquinas físicas de uma vez. 

Neste caso, os desktops não ficam instalados fisicamente, mas os administradores têm liberdade para realizar atualizações, configurações e até verificações de segurança em massa nos desktops virtuais.

Os desktops virtualizados permitem que a área de TI responda às necessidades do local de trabalho de forma mais ágil, assim como às oportunidades que surgirem.

Outro ponto positivo é a possibilidade de aplicar essa tecnologia a dispositivos utilizados por equipes externas, como tablets, por exemplo.

Isso garante uma otimização de processos internos e externos da organização.

Virtualização de funções de rede

O processo realizado nas funções de rede, também conhecidas pela sigla NFV, realiza a separação das funções principais para então distribuí-las entre diferentes ambientes.

Alguns exemplos dessas funções são as configurações de IP, o compartilhamento de arquivos e os serviços de diretório, que, ao serem virtualizados, podem executar os aplicativos como se tivessem em uma rede física.

Mas, aqui eles ganham a vantagem de ter independência de hardware, além de mais benefícios operacionais.

A partir disso, é possível reduzir a quantidade de vários componentes físicos, como por exemplo:

  • switches;
  • roteadores;
  • servidores;
  • cabos e hubs.

Devido a essa possibilidade, as redes virtualizadas são muito aplicadas em empresas do segmento de telecomunicações.

Como a virtualização funciona?

A técnica abstrai o hardware físico do software que precisa ser executado nele, separando os recursos físicos dos recursos virtuais.

Para isso, o processo usa um programa de software chamado “hypervisor” para criar múltiplas “máquinas virtuais” (VMs) em um único servidor físico. 

Cada VM se comporta como um computador completo e autônomo, com seu próprio sistema operacional (SO) e aplicações. 

Os hipervisores, por sua vez, gerenciam a alocação de recursos para cada máquina virtual para que todas elas possam funcionar de forma independente e simultânea.

Para isso, os recursos físicos são particionados entre os diversos ambientes virtuais, permitindo que os usuários executem operações computacionais nesse espaço.

Caso essa operação precise de recursos do ambiente físico, os hipervisores são os responsáveis por comunicar essa necessidade ao sistema físico e então armazenar as informações em cache.

Vale destacar ainda que cada máquina virtual funciona como um único arquivo de dados digital. Sendo assim, ela pode ser transferida de um dispositivo para outro sem prejudicar a sua capacidade de funcionamento.

Essas etapas acontecem em uma velocidade bem parecida com a de operações nativas. 

Como resultado, a técnica de virtualizar sistemas é uma ferramenta poderosa que pode ajudar as empresas a reduzir custos e melhorar sua infraestrutura geral de TI.

Vantagens da virtualização

Quais são as vantagens da virtualização de sistemas operacionais?

Ao longo da explicação compartilhada aqui, já é possível identificar alguns benefícios da tecnologia que permite virtualizar sistemas.

Entretanto, o conceito vai muito além e possibilita as organizações a otimizarem diversos pontos nas suas tarefas diárias, assim como aproveitar a infraestrutura de TI da melhor maneira possível.

Conheça as principais vantagens que a tecnologia pode trazer para o seu negócio:

  • uso de sistemas legados;
  • diversidade de plataformas;
  • redução dos custos operacionais;
  • implementação e migração mais rápida;
  • gestão simplificada de data centers;
  • otimização no tempo de resposta da TI;
  • melhor aproveitamento da infraestrutura existente.

Como consequência, é possível observar uma melhoria significativa na eficiência e na agilidade da área de TI, assim como a diminuição ou até mesmo eliminação de períodos de inatividade.

Além disso, ao virtualizar os sistemas você cria um ambiente de testes, que permite a redução de riscos em novas instalações, evitando desperdícios e problemas mais graves de gerenciamento ou segurança da informação.

Principais riscos da virtualização

Assim como é importante conhecer as vantagens de virtualizar sistemas, é fundamental descobrir se existem riscos do processo para a sua empresa e quais são esses riscos.

Isso vai te ajudar a analisar se vale a pena investir nessa tecnologia no seu negócio, se ela realmente vai atender às suas necessidades e seus objetivos.

Diante dessa importância, listamos os principais riscos para compartilhar com você também. Confira quais são eles:

  • sobrecarga do sistema, que pode prejudicar o desempenho das máquinas;
  • vulnerabilidades na segurança do VMM podem afetar as máquinas virtuais;
  • o processo pode não ter um desempenho satisfatório em todas as aplicações;
  • dependendo da solução utilizada, fazer a migração de uma máquina virtual pode ser um processo complexo.

Apesar desses pontos de atenção, os riscos podem ser facilmente solucionados quando você os entende e analisa previamente.

Encontrar o equilíbrio é fundamental para evitar a sobrecarga, por exemplo. Enquanto uma avaliação detalhada da solução ajuda a entender o nível de dificuldade para a migração, assim como seu desempenho na aplicação desejada.

Por isso, não deixe de avaliar as necessidades da sua aplicação, os parâmetros de segurança e os recursos requisitados antes de escolher uma ferramenta para virtualizar sistemas.

Quais são as diferenças entre a virtualização e a computação na nuvem?

Quais são as diferenças entre a virtualização e a computação na nuvem?

Apesar de poder trabalhar os dois conceitos de maneira complementar, as duas tecnologias apresentam características bem diferentes entre si.

Um dos principais pontos de diferenciação entre elas é a funcionalidade de cada uma dentro de uma infraestrutura de TI: a virtualização é um software, já a computação em nuvem é um serviço. 

Enquanto a primeira ferramenta tem como objetivo trazer uma independência aos ambientes de computação, eliminando a necessidade de uma estrutura física, a computação em nuvem apresenta recursos compartilhados, como dados e softwares, para uso pela internet.

Conclusão

Com a possibilidade de criar diversos sistemas virtuais em um mesmo servidor, inclusive com usos isolados, a virtualização é uma tecnologia que traz inúmeros benefícios para as empresas.

Dentre eles, podemos citar a redução de custos operacionais, aumento da eficiência da infraestrutura de TI e a gestão simplificada de data centers.

Além disso, o processo ainda reduz a necessidade de investir em novas máquinas, diminuindo o parque de equipamentos e as despesas com energia, manutenção e espaço físico.

Mesmo com tantas vantagens, é sempre importante ficar atento aos riscos, como a sobrecarga do sistema, para evitar problemas no futuro e garantir o melhor aproveitamento dos recursos.

Aproveite nossas dicas e as soluções da Algar Telecom para otimizar o processo e aumentar a segurança de dados na sua empresa.

Avalie este post