Resposta a incidentes: visão geral e importância para empresas 

Escrito por humanos

A identificação, gerenciamento e mitigação de incidentes faz parte da rotina de qualquer equipe de TI. Isso porque um único erro pode afetar a integridade, disponibilidade e confiabilidade de uma empresa. Por isso, atuar diariamente na resposta a incidentes é uma maneira de minimizar e evitar possíveis problemas.

Mas por onde começar para montar um plano de resposta a incidentes? Qual a melhor forma de garantir maior integridade dos dados? Essas e outras respostas você confere no conteúdo a seguir.

Continue a leitura e confira!

O que é um Plano de Resposta a Incidentes?

Um Plano de Resposta a Incidentes (PRI), também conhecido como Plano de Incidentes de Segurança ou Plano de Gerenciamento de Incidentes, é um conjunto de procedimentos e estratégias organizadas previamente para lidar com incidentes de segurança da informação e outras emergências relacionadas à segurança cibernética.

O objetivo principal de um Plano de Resposta a Incidentes é permitir que uma organização responda de maneira eficaz, organizada e coordenada a incidentes de segurança, minimizando danos e reduzindo o tempo de recuperação.

Esses incidentes podem incluir violações de segurança, ataques cibernéticos, vazamento de dados, malware, intrusões não autorizadas, entre outros eventos que possam comprometer a integridade, confidencialidade e disponibilidade dos sistemas e dados de uma organização.

Como ele funciona?

O plano geralmente contém os seguintes elementos:

  • Escopo e objetivos: define a abrangência do plano e seus objetivos gerais.
  • Equipe de resposta a incidentes: identifica e descreve as funções e responsabilidades dos membros da equipe encarregada de responder aos incidentes.
  • Classificação de incidentes: estabelece uma estrutura para classificar a gravidade e a urgência dos incidentes.
  • Procedimentos de detecção e notificação: descreve os métodos de detecção de incidentes e os procedimentos para notificação e reporte.
  • Análise e avaliação de incidentes: detalha a metodologia para investigar e analisar os incidentes.
  • Mitigação e recuperação: especifica as ações a serem tomadas para conter o incidente, minimizar danos e restaurar a normalidade dos sistemas e operações.
  • Comunicação e compartilhamento de informações: define como a comunicação será gerenciada, tanto internamente quanto externamente, durante e após um incidente.
  • Treinamento e exercícios: descreve os planos de treinamento da equipe e a realização de simulações de incidentes para garantir a eficácia do plano.
  • Melhorias contínuas: estabelece processos para revisar e atualizar o plano com base nas lições aprendidas e nas mudanças no ambiente de segurança.

Quais são os chamados incidentes em cibersegurança?

Incidentes em cibersegurança podem ter várias origens e podem resultar em diferentes danos para a empresa. Abaixo estão alguns dos principais tipos de incidentes em cibersegurança:

  1. Malware: software malicioso projetado para danificar, acessar ou roubar informações sem o consentimento do usuário. Exemplos incluem vírus, worms, trojans, spyware e ransomware.
  2. Ataques de phishing: tentativas de enganar os usuários para que divulguem informações confidenciais, como senhas e informações de cartões de crédito, muitas vezes por meio de e-mails ou mensagens falsificadas.
  3. Ataques de denegação de serviço (DoS) e distribuídos (DDoS): tentativas de sobrecarregar um servidor, rede ou sistema com tráfego excessivo para torná-los inacessíveis para os usuários legítimos.
  4. Intrusões e ataques a sistemas: acesso não autorizado a sistemas, redes ou aplicativos com a intenção de roubo de dados, interrupção de serviços ou danificação dos sistemas.
  5. Exploração de vulnerabilidades: aproveitamento de falhas de segurança em software, sistemas ou redes para ganhar acesso não autorizado ou causar danos.
  6. Violações de dados: acesso não autorizado e comprometimento de informações confidenciais, como dados pessoais, números de cartões de crédito, informações de saúde ou dados financeiros.
  7. Acesso não autorizado: acesso a sistemas, redes ou aplicativos sem permissão adequada.
  8. Roubo de identidade: uso não autorizado de informações pessoais para se passar por outra pessoa, geralmente para cometer fraude.
  9. Manipulação de dados: alteração ou corrupção de dados para prejudicar a precisão ou a integridade das informações.
  10. Interceptação de comunicações: monitoramento ou interceptação não autorizados de comunicações, geralmente para acessar informações confidenciais.

Entenda as fases de um Plano de Resposta a Incidentes

O Plano de Respostas a Incidentes normalmente é composto por várias fases sequenciais que auxiliam na detecção, análise, contenção, mitigação e recuperação de incidentes de segurança cibernética. Essas fases podem variar conforme as particularidades da empresa, por isso, contar uma equipe especializada é um grande diferencial.

Dessa forma, aqui estão as principais fases de um PRI típico:

1.Preparação: Primeiro, é importante estabelecer uma equipe de resposta a incidentes (CIRT – Computer Incident Response Team), para, então desenvolver políticas, procedimentos e diretrizes para resposta a incidentes. Realizar treinamentos regulares para a equipe de resposta a incidentes também é essencial para a preparação do seu PRI. Mas, não se esqueça de identificar e classificar os ativos críticos e sistemas de informação.

  1. Identificação: Na fase de identificação, é essencial monitorar continuamente sistemas, redes e atividades para identificar potenciais incidentes de segurança, implementar sistemas de detecção de intrusões, firewalls e outras ferramentas de segurança para alertar sobre atividades suspeitas. E por fim, coletar e analisar informações para determinar se ocorreu um incidente de segurança.

 

  1. Análise: Aqui, analisaremos a natureza e a gravidade do incidente para entender o escopo e o impacto, realizaremos análises forenses e técnicas para identificar a causa raiz e as táticas utilizadas pelos invasores e também iremos avaliar a extensão do incidente, identificando quais sistemas, dados ou recursos foram afetados.

 

  1. Contenção: Na fase de contenção, é preciso isolar os sistemas afetados para evitar a propagação do incidente, implementar medidas para conter o incidente e reduzir danos adicionais e coletar evidências para análise e para ações futuras.

 

  1. Erradicação: Aqui é preciso remover completamente o malware, os vetores de ataque e as vulnerabilidades exploradas, assim como corrigir as falhas de segurança identificadas para evitar futuros incidentes semelhantes.

 

  1. Recuperação: No processo de recuperação é preciso restaurar sistemas, aplicativos e dados de acordo com os backups e procedimentos de recuperação estabelecidos, verificar se os sistemas estão funcionando normalmente e se a operação está completamente restaurada e também monitorar de perto os sistemas para garantir que não haja ressurgimento do incidente.

 

  1. Lições aprendidas e melhoria contínua: No último passo, é necessário realizar uma análise pós-incidente para identificar pontos fortes e áreas de melhoria na resposta ao incidente, documentar as lições aprendidas e revisar o PRI com base nessas informações e atualizar políticas, procedimentos e treinamentos para melhorar a eficácia da resposta a futuros incidentes.

 

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