A evolução do SIEM: da detecção à prevenção de ameaças cibernéticas

Escrito por humanos

Num mundo onde as ameaças cibernéticas evoluem continuamente, a importância do SIEM (Security Information & Incident Management) para uma defesa robusta e progressiva nunca foi tão evidente.

Na década de 1970, a segurança passou a ser uma questão relevante, que se tornou ainda mais intensa nos anos 2000, fazendo necessárias soluções SIEM. Qual será o próximo passo?

O SIEM desempenha um papel essencial na detecção de ameaças, porém, com o avanço dos ataques, surge então a Extended Detection and Response (XDR), evidenciando a busca por respostas mais abrangentes.

Neste artigo, veremos a trajetória da evolução do SIEM, desde sua função inicial na detecção de ameaças até seu papel atual na vanguarda da prevenção de ataques cibernéticos.

SIEM: o que é e como sua evolução pode ajudar na sua empresa

SIEM, que significa Security Information & Incident Management, é uma solução integrada que combina o gerenciamento de informações de segurança (SIM) e o gerenciamento de eventos de segurança (SEM). Essa combinação oferece uma visão abrangente das atividades de segurança em uma rede corporativa, permitindo a detecção e resposta eficazes a incidentes cibernéticos.

No início, a implementação do SIEM era uma empreitada interna, onde as empresas adquiriam tanto o hardware quanto o software, principalmente em setores financeiros, seguradoras e áreas sensíveis como a defesa.

Sua capacidade de monitoramento, correlação de eventos e alertas trouxe uma nova era de visibilidade para as operações de segurança, mesmo em ambientes com escopo restrito.

Ferramenta de gerenciamento de logs

Na sua evolução ao longo dos anos, as soluções SIEM (Security Information & Incident Management) têm desempenhado um papel relevante no fortalecimento da postura de segurança cibernética das organizações.

No final dos anos 2000 e início da década de 2010, a implementação do SIEM era predominantemente realizada internamente, exigindo investimentos consideráveis em hardware e software.

Este modelo inicial encontrou aceitação principalmente em setores financeiros, de seguros e defesa, dadas as suas robustas capacidades de monitoramento, correlação de eventos e alertas. Contudo, a crescente complexidade dos ambientes de TI e a necessidade de conformidade com regulamentações levaram à popularização do SIEM como serviço.

Essa abordagem, baseada em despesas operacionais (OPEX), permitiu que as empresas adquirissem o serviço mensalmente, eliminando a necessidade de pesados investimentos iniciais em hardware, licenças e equipes 24×7 para gerenciar alertas.

Tal transição deu origem aos MSSPs (Provedores de Serviços Gerenciados de Segurança), que adquiriam hardware e licenças SIEM, fornecendo monitoramento e resposta a incidentes para várias organizações.

Embora a proposta parecesse ser um “ganha-ganha”, logo ficou evidente que a escalabilidade desses serviços poderia resultar em custos exorbitantes, especialmente quando se tratava de lidar com grandes volumes de eventos.

Inteligência de ameaças

O cenário de ameaças cibernéticas evoluiu exponencialmente ao longo dos anos. Desde o primeiro ataque cibernético em 1988 até os ataques avançados e persistentes dos dias atuais, os hackers demonstraram uma inteligência cada vez maior.

Para enfrentar essa evolução, as soluções SIEM passaram a incorporar a inteligência de ameaças como um elemento essencial. A inteligência de ameaças cibernéticas, ou CTI (Cyber Threat Intelligence), surgiu com a criação dos primeiros departamentos de Inteligência Militar em meados do século 19.

A inteligência de ameaças, proveniente de feeds que agregam dados de diversas fontes, oferece às organizações uma visão atualizada e em tempo real das ameaças em curso. Esses dados são essenciais para a identificação de indicadores de comprometimento (IoCs), permitindo respostas rápidas e eficientes.

A integração desses feeds com as plataformas SIEM possibilita a correlação com eventos internos, fortalecendo ainda mais a capacidade de detecção e resposta.

Para ilustrar a importância da inteligência de ameaças, podemos citar alguns dos ataques cibernéticos mais impactantes dos últimos anos. Por exemplo, o ataque à Sony em 2014, que resultou no vazamento de informações confidenciais, e o ataque ao Yahoo! em 2013-2014, que afetou cerca de 3 bilhões de contas de usuários.

Esses incidentes destacam a necessidade de uma forte postura de segurança cibernética e a importância da inteligência de ameaças na detecção e resposta a incidentes cibernéticos.

Segurança, orquestração, automação e resposta (SOAR)

A abordagem SOAR (Segurança, Orquestração, Automação e Resposta) desempenha um papel importante na modernização das soluções SIEM. O termo SOAR foi cunhado pela Gartner em meados da década de 2010.

A integração com os sistemas organizacionais permite a automação de táticas de ameaças conhecidas e a definição de alertas e medidas de resposta em caso de detecção.

Por exemplo, em casos de e-mails de phishing, o SOAR pode extrair metadados suspeitos e relacioná-los com feeds de ameaças externas. Ao atingir determinado limiar, executa ações automatizadas, como bloqueio de IoCs e remoção do e-mail de outras caixas de entrada.

Essas evoluções no campo do SIEM não apenas aprimoram a eficiência das operações de segurança, mas também alinham as organizações para enfrentar as ameaças cibernéticas em constante evolução.

Ao abraçar a inteligência de ameaças e a automação por meio do SOAR, as soluções SIEM se tornam não apenas ferramentas de detecção, mas componentes fundamentais na prevenção proativa de ataques cibernéticos.

Como funcionam as ferramentas SIEM

Essas ferramentas operam como uma linha de defesa contra ameaças cibernéticas, coletando, agregando e analisando vastos volumes de dados provenientes de aplicativos, dispositivos, servidores e usuários em tempo real.

Esse processo possibilita que as equipes de segurança identifiquem e bloqueiem ataques potenciais.

Aqui estão os principais elementos do funcionamento das ferramentas SIEM:

Gerenciamento de log

A base das operações SIEM reside no gerenciamento de log. Esses sistemas reúnem dados de log de diversas fontes em um local centralizado.

Isso não apenas simplifica a organização desses dados, mas também possibilita a detecção de sinais de ameaças, ataques ou violações.

Correlação de eventos

Após a coleta, os dados passam por um processo de correlação de eventos. Essa correlação é importante para uma detecção rápida e uma resposta eficiente.

Isso implica classificar os dados para identificar relações e padrões que podem indicar possíveis ameaças.

Monitoramento e resposta a incidentes

As ferramentas SIEM monitoram continuamente incidentes de segurança na rede da organização. Ao identificar atividades suspeitas, essas ferramentas geram alertas e fornecem auditorias detalhadas de todas as atividades relacionadas ao incidente.

Isso não apenas auxilia na resposta imediata a ameaças, mas também contribui para análises forenses posteriores.

Benefícios de usar um SIEM

A implementação de ferramentas SIEM oferece uma série de benefícios que fortalecem a postura geral de segurança de uma organização:

  • Visão central de ameaças: o SIEM proporciona uma visão centralizada de possíveis ameaças ao consolidar dados de várias fontes. Isso permite uma compreensão abrangente das atividades de segurança em toda a organização.
  • Identificação e resposta em tempo real: ao detectar eventos suspeitos, o SIEM possibilita respostas em tempo real. A capacidade de agir rapidamente diante de potenciais ameaças é crucial para minimizar danos e interromper ataques antes que causem estragos.
  • Inteligência contra ameaças avançadas: integrando feeds de inteligência de ameaças, as ferramentas SIEM mantêm as organizações atualizadas sobre os indicadores de comprometimento (IoCs) mais recentes. Essa inteligência avançada é essencial para antecipar e mitigar ameaças emergentes.
  • Auditoria e relatórios de conformidade: as soluções SIEM facilitam a geração de relatórios de conformidade regulatória. Isso é crucial para organizações que precisam atender a requisitos específicos de conformidade, garantindo que operem em conformidade com padrões e regulamentos do setor.
  • Maior transparência: a capacidade de monitorar usuários, aplicativos e dispositivos oferece maior transparência sobre as atividades na rede. Isso é vital para identificar comportamentos anômalos que podem indicar uma possível violação de segurança.

A constante evolução das ameaças cibernéticas

A introdução de conceitos como ‘malware as a service’ permite até mesmo a hackers amadores usarem algum software malicioso de alto nível para explorar organizações, aumentando significativamente os riscos.

A necessidade de uma defesa cibernética unificada tornou-se ainda mais urgente, especialmente diante do aumento do trabalho remoto e da proliferação de pontos de acesso para cibercriminosos.

As soluções SIEM, ao evoluírem para abordagens mais avançadas, estão se tornando peças fundamentais na resposta proativa a essas ameaças em constante evolução.

Como vimos, a evolução do SIEM representa uma resposta dinâmica e adaptativa às crescentes ameaças cibernéticas. De sua função inicial na detecção até seu papel atual na prevenção proativa, o SIEM continua a ser um aliado essencial para as organizações na defesa de suas redes e ativos digitais.

Ao abraçar a inteligência de ameaças, a automação por meio do SOAR e oferecer uma visão abrangente das atividades de segurança, o SIEM não apenas responde às demandas do presente, mas também se antecipa e se prepara para os desafios do futuro cibernético em constante evolução.

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