2016 foi um grande ano para as tecnologias disruptivas, que foram bem trabalhadas e divulgadas. O resultado disso é que, em 2017, o cenário da TI está passando por uma verdadeira transformação. Um estudo recente da Frost & Sullivan enumerou algumas das tecnologias disruptivas que já estão começando a modificar várias aplicações e mercados no mundo todo.
Dentro deste grupo de tecnologias disruptivas emergentes, a Frost & Sullivan destacou inteligência artificial e blockchain como as mais expressivas. Ambos os conceitos já foram trabalhados no blog da Algar Telecom e, neste artigo, buscamos abordar novas ideias, que estão se destacando cada vez mais e sendo amplamente debatidas. Confira:
1. 5G
Na transição do 3G para o 4G, o foco era melhorar a taxa de transferência de dados e diminuir a latência. Na transição para o 5G, esses fatores também serão considerados, no entanto, o foco principal é transformar o 5G em um ecossistema completamente novo. A rede 5G promete aumentar a velocidade de download e upload, integrar mais facilmente dispositivos de Internet das Coisas, além de revolucionar a maneira como usamos os smartphones.
O Projeto 5G no Brasil foi lançado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Ministério de Ciência e Tecnologia, Inovação e Comunicações e representantes da indústria de telecomunicações. A ideia é fomentar a construção do ecossistema de quinta geração de telefonia móvel no país para que, em poucos anos, o Brasil já possa oferecer a rede 5G.
2. Small data
O Big Data nunca esteve tão em alta. A possibilidade de analisar o volume de dados e trabalhá-los de forma estratégica para conhecer melhor o mercado e ampliar a vantagem competitiva das empresas é realmente muito atrativa nos dias de hoje.
Mas, enquanto o Big Data foca nos dados quantitativos, o Small Data se concentra nas informações qualitativas, como os detalhes relacionados a percepções, opiniões e experiência do cliente, funcionando como o resultado de um garimpo na imensidão de dados do Big Data.
Além disso, o Small Data permite analisar pequenos dados, como pistas, que fornecem um melhor direcionamento de como entregar maior valor a cada cliente de forma única. Depois que esses dados preciosos são capturados, é preciso uma análise minuciosa para tirar o melhor proveito deles.
Contudo, não basta ter ferramentas para o tratamento de dados estruturados e não-estruturados, oriundos de ERPs, CRMs, redes sociais ou outras fontes. É preciso poder contar com profissionais capazes de compreender as indicações fornecidas por essas plataformas e, a partir delas, oferecer à empresa o direcionamento correto.
Por isso, a necessidade é de pessoas que tenham a expertise necessária para utilizar ao máximo as potencialidades do uso de Big Data e conciliá-lo com soluções em Small Data, gerando sinergia entre o humano e o digital.
3. Tudo-como-Serviço
Cada vez mais empresas, dos mais variados setores, oferecem serviços complementares, o que, há pouco tempo, ainda não era muito comum. Atualmente, no entanto, é usual oferecer pacotes de serviços a fim de ampliar o processo de compra. Não é difícil encontrar empresas que ofereçam desde serviços financeiros até estratégias de comunicação, por exemplo.
Todo esse fenômeno de uma economia de serviços é alavancado pela computação em nuvem e se manifesta através de monitoramento, administração e processamento de dados. Tais processos são cada vez mais segmentados e focados no usuário final, criando assim, uma nova tendência: XaaS ou Tudo como um Serviço.
4. Robótica na automação do processo
Robotic Process Automation (RPA), diz respeito a uma inteligência artificial, normalmente em forma de software, aliada a uma máquina que é capaz de realizar tarefas de maneira automática. Para ser rentável a utilização da RPA, essas tarefas devem ser repetíveis, escaláveis e em grande volume.
No caso da automação, os robôs são as máquinas controladas por essa inteligência artificial, que envia informações sobre o que e como tudo deve ser feito. Em se tratando de uma esteira de produção, por exemplo, a RPA pode controlar a velocidade da esteira, precisão de corte, definir os parâmetros de parada, entre outros detalhes do funcionamento.
Ainda é muito comum a ideia de que essa tecnologia é a mesma da automação de TI convencional. No entanto, a RPA possui uma característica única: a adaptabilidade. Em vez de apenas automatizar o processo, como a automação de TI faz, o uso de RPA permite que o próprio robô – neste caso, o software – se adapte a novas necessidades e situações. Como ele é capaz de aprender e se modificar de acordo com as necessidades, a automação baseada em RPA pode acontecer de maneira mais eficaz.
5. Cibersegurança
Da velocidade da conexão à infraestrutura e popularização do acesso, além do surgimento e a explosão dos dispositivos mobile, as empresas de tecnologia, governos e até mesmo os usuários estão em constante descoberta das melhores práticas de uso dos meios digitais.
Nesse contexto, em que todos os anos novas tendências são propostas no mercado, o novo grande investimento, principalmente por parte das grandes empresas de tecnologia, é a cibersegurança.
De acordo com uma pesquisa realizada pela CompTIA, o Brasil é um dos mais vulneráveis, quando comparado com os outros onze países avaliados na região. Nesse mesmo cenário, a transformação digital avança significativamente no país. Virtualização, computação em nuvem, Indústria 4.0, M2M, Big Data e e-commerce estão impondo modificações definitivas no ecossistema de data center no Brasil. Hoje, mais do que nunca, é consensual que a implantação de planos de cibersegurança nas empresas deve evoluir no mesmo ritmo da transformação digital.
Mais do que apenas inovadoras, convém olhar para essas tecnologias disruptivas como estratégicas. Além de não considerá-las, em absoluto, como projetos da TI, mas um delineamento que transformará o futuro dos negócios.
Posto que o futuro disruptivo já está projetado, já pensou em como essas tecnologias irão afetar, especificamente, o seu negócio? Compartilhe sua visão conosco nos comentários!