Você é workaholic? Saiba por que empreendedores passam noites sem dormir

Escrito por humanos

Abrir o próprio negócio exige uma natural energia interna em busca da realização dos sonhos. Em tempos de tamanha competitividade, dedicar-se a uma ideia é essencial para ganhar espaço no mercado. Gostar do que se faz pode ser um diferencial. O problema é quando o saudável empenho pela profissão ganha um aspecto compulsivo. A linha entre o positivo e o patológico é tênue, mas é extremamente importante percebê-la.

No início da década de 70, os consultórios de psicologia norte-americanos popularizaram o termo workaholic, designando os profissionais que se envolvem com suas carreiras além dos limites salutares. A expressão foi criada em referência ao conceito de ‘alcoholic’ (alcoólatra, em português), o que indica uma concepção de vício pelo trabalho semelhante à dependência pelo álcool ou outras drogas.  

Stress constante, pouca dedicação à família, vida social quase inexistente, insônia, dificuldade em se divertir, horas a mais no escritório, trabalho intenso nos fins de semana e descuido com a saúde são alguns dos sintomas de alguém obcecado pelo próprio trabalho. O resultado é perda na qualidade da vida, em todas as esferas da existência.

Apesar de o problema ser relacionado, popularmente, apenas ao fator do tempo em serviço, a obsessão pode abranger aspectos mais subjetivos. Mesmo um empreendedor que procura seguir uma jornada de trabalho de poucas horas pode ser considerado compulsivo se, por exemplo, passa noites sem dormir pensando na realidade de sua MPE.

O excesso de envolvimento está ligado à incapacidade de se desconectar da rotina produtiva. É se esquecer dos demais aspectos essenciais que compõem a vida humana para destinar as forças e atenções inteiramente ao âmbito profissional.

Envolvendo-se demais com sua MPE

Quem teve a coragem de se aventurar na condução do próprio empreendimento já tem, por natureza, um sentimento constante de proatividade e disposição para colocar ideias em prática. Comumente, empreendedores, mesmo antes de abrir o próprio negócio, já são acostumados a uma rotina de extrema ocupação.

No entanto, ao liderar sua própria empresa, o ímpeto do desenvolvimento pode ultrapassar os limites toleráveis de engajamento. A começar pelos primeiros anos de circulação da marca no mercado, que exigem uma dedicação maior para consolidar o produto ou serviço. A excitação por ser o dono do próprio negócio pode conflitar com a eventual morosidade nos resultados financeiros. Isto provoca uma pressão por lucros e esforços diários em nome da empresa.

Ainda em relação aos primeiros anos, a inexperiência em todos os fatores que tangem a condução de um empreendimento pode aumentar consideravelmente o tempo de resolução de situações simples. Cumprimento de leis, pagamento correto de tributos, relacionamento com fornecedores, admissão e demissão de funcionários e vários outros pontos básicos de administração podem gerar preocupações e demandar mais tempo de dedicação. Este cenário gera um círculo vicioso, no qual o líder tem cada vez menos tempo e disposição para se inspirar e exercer a criatividade para propor soluções.   

Outra causa de obsessão para micro e pequenos empresários são as incertezas inerentes ao empreendedorismo. Muitos passam grande parte da sua vida como funcionários no mercado formal, com garantias, benefícios e salários pontuais. Ao passar para o status de administrador, vários cenários podem se tornar inconstantes, o que pode despertar uma atuação exagerada em nome do sucesso.

A realidade financeira de uma MPE também pode dificultar a contratação de todos os profissionais que o segmento demanda. Isto acarreta acúmulo de funções ao empreendedor, que se torna responsável, ao mesmo tempo, por gerir o negócio e realizar tarefas técnicas por falta de mão de obra.

Como se dedicar à MPE de uma forma saudável

Os psicólogos apontam que o primeiro passo para se obter a felicidade é o autoconhecimento. No mundo dos negócios, é importante que cada gestor descubra até onde vão os seus limites para atuar dentro destas possibilidades. Cada pessoa tem um tempo diferente no qual consegue atingir o máximo desempenho de suas faculdades mentais.

Ao descobrir e operar dentro deste perímetro, o gestor evita o desgaste com jornadas excessivas, potencializando sua capacidade de  criação, inovação e liderança estratégica.

É claro que emergências e casos excepcionais precisam de imediata interferência. Mas um bom empreendedor consegue desenvolver dentro de si a habilidade de interpretar de forma contextualizada cada situação, identificando o que é importante, urgente ou mero desperdício de tempo e energia.

Mesmo em empresas com quadro de funcionários minimamente satisfatório, é comum encontrar líderes que se tornam compulsivos devido à sua incapacidade de descentralizar tarefas e decisões. Este desejo de estar à frente de cada mínimo processo pode gerar efeitos muito mais negativos do que positivos.

Por menor que seja o porte de um empreendimento, conduzi-lo sozinho pode não ser uma boa ideia. Quanto mais houver pessoas capacitadas que auxiliam na escolha dos melhores caminhos e apontam soluções para derrubar obstáculos, menor a probabilidade de sobrecargas. Uma equipe parceira é sinônimo de menos problemas acumulados e mais tempo para que todos se dediquem às suas necessidades pessoais.

De workaholic a worklover

O trabalho precisa ser visto como uma parte importante da vida, que exige dedicação e comprometimento. No entanto, é preciso equilibrar vários componentes para se manter saudável, disposto e criativo. Dedicar-se à família, cultivar amizades, praticar exercícios físicos, fazer programas relaxantes e realizar viagens são algumas ações presentes em uma rotina saudável.

As pessoas que gostam de sua profissão e se envolvem na medida certa, sem sintomas obsessivos, são os chamados worklovers. São profissionais conscientes da natural balança entre esforços em nome do desenvolvimento de suas carreiras e os demais elementos que compõem a felicidade.

Veja dez sinais de que você está se tornando um workaholic:

1 – O trabalho nunca permite que você tenha tempo para outras tarefas

2 – Sua MPE acaba com sua disposição para resolver assuntos de cunho pessoal

3 – Você passa mais tempo na sua MPE do que em sua própria casa

4 – As noites de sono estão cada vez mais conturbadas, em consequência das demandas do empreendimento

5 – Você tem planejado cada vez menos atividades de lazer, como ir ao cinema ou sair para jantar

6 – A sua alimentação está comprometida porque você não tem horários para as refeições

7 – Os fins de semana e feriados são dias comuns de trabalho para você

8 – Você não tem dedicado tempo para a sua família e amigos

9 – Você encontra meios de trabalhar em qualquer ambiente, por meio do celular, por exemplo

10 – Absorve todos os processos da empresa e não permite que membros da equipe tenham autonomia para resolver problemas e tomar decisões

Ficou evidente a importância de se dedicar ao mundo dos negócios, mas sem deixar que isso se torne uma obsessão, não é mesmo? O trabalho é uma parte importante da vida, mas tudo precisa fazer parte de uma grande balança. Ter força e empenho é essencial para vencer em um mercado tão concorrido, mas existem outros pontos de igual importância em nome de uma vida saudável e feliz. Quer conhecer os produtos da Algar Telecom para sua MPE? Acesse: https://compre.algartelecom.com.br/ ou agende uma visita com nossos consultores.

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