Embora faça parte do cenário varejista brasileiro há mais de 20 anos, o ecommerce, modalidade de comércio que realiza suas transações por meio da internet, é considerado uma realidade cada vez mais forte no país. Segundo a Forrester Research, o setor apresentou um crescimento médio de 24% entre os anos de 2011 e 2014, um índice 1,6 maior do que o apresentado pelos Estados Unidos no mesmo período.
Nesse sentido, o crescimento da conectividade, promovido principalmente pelo aumento do número de dispositivos eletrônicos presentes nos lares dos brasileiros, é apontado como um dos fatores determinantes por fazer com que o comércio passasse a voltar sua atenção para o ambiente virtual. De acordo com números divulgados pela Secretaria de Telecomunicações, pertencente ao Ministério das Comunicações, 55% dos brasileiros com mais de dez anos de idade têm acesso à internet no Brasil, representando um total de 96,4 milhões de usuários. Além disso, a 27ª Pesquisa Anual da Administração e Uso da Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrou que o número de smartphones atingiu, em maio de 2016, a marca de 168 milhões de aparelhos ativos no país.
Diante disso, as vendas no meio digital são parte vital da estratégia das empresas que desejam conquistar mais visibilidade e um número maior de clientes. Para ter uma ideia dessa importância, o varejo online fechou 2015 com um faturamento de R$41,3 bilhões, segundo informações da E-bit. O relatório divulgado pela empresa revelou que mais de 39 milhões de consumidores realizaram algum tipo de compra online ao longo do mesmo ano, representando um crescimento de 3% em relação ao levantamento de 2014. Por isso, investir em um planejamento que leva em conta a criação de um ecommerce passou a ser fundamental para os negócios.
Um ranking com as 50 maiores empresas do ecommerce brasileiro foi divulgado recentemente pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Realizado pelo segundo ano consecutivo, e com o apoio técnico da BTR – Educação e Consultoria e da Varese Retail, o levantamento aponta os principais dados relacionados às empresas de destaque do comércio eletrônico nacional.
A metodologia utilizada pelo ranking leva em conta o faturamento bruto apresentado pelos ecommerces e divulgado em seus balanços anuais. A partir dessas informações, as organizações citadas foram segmentadas de acordo com critérios, como sortimento (número de categorias em que os produtos são ofertados), origem do capital (origem de quem controla o capital da empresa) e canais (separação entre ecommerce e varejo tradicional com presença no comércio eletrônico). Saiba quais são as dez maiores empresas do ecommerce brasileiro, de acordo com a edição 2016 do Ranking 50 Maiores do E-Commerce da SBVC:
Entre as empresas líderes do ranking, cinco operam apenas no meio online enquanto as demais são consideradas como grupos multicanais. Apesar de terem nascido no varejo tradicional, as redes Magazine Luiza, Máquina de Vendas, Grupo Herval, Dell e Fast Shop também estão presentes na internet e uma parte do foco desses grupos é direcionada para o comércio eletrônico. Já os grupos B2W, Cnova, Privalia, Netshoes e GFG/Dafiti nasceram na internet e são considerados os grandes operadores do mercado de multicategorias, vestuário e artigos esportivos. Juntas, essas dez maiores operações de comércio eletrônico movimentaram, em 2015, cerca de R$25 bilhões.
Confira a seguir os cases de três grandes empresas, que figuram entre os dez maiores ecommerces do mercado eletrônico brasileiro, e conheça as razões pelas quais essas operações ganharam destaque no no cenário nacional.
Netshoes
Nascida nos anos 2000, a Netshoes serve de inspiração quando o assunto é o relacionamento com o cliente. A fim de garantir a satisfação do público, a empresa trabalha com um tripé que tem como foco práticas relacionadas à atenção total ao cliente e logística de entregas eficientes.
Dafiti
Com um início focado apenas na venda de calçados, a Dafiti acabou ampliando o seu leque de produtos e hoje é considerado o maior ecommerce de moda da América Latina. O portfólio abrangente e a experiência oferecida ao cliente são as principais lições que essa empresa pode oferecer para quem já vendeou deseja vender seus produtos/serviços na internet.
Magazine Luiza
Uma das maiores redes do varejo brasileiro, o Magazine Luiza também é uma das grandes forças do comércio eletrônico. Em 2016, os canais digitais da empresa alcançaram o índice de 24% do total de vendas realizadas, representando uma expansão de 32,2% em relação ao ano anterior. A oferta de um aplicativo amigável para os dispositivos móveis e a possibilidade de retirada dos produtos em lojas físicas são considerados os principais diferenciais da empresa em relação aos concorrentes.
O seu negócio já possui um ecommerce? Já colocou em prática alguma dessas estratégias utilizadas pelos cases de sucesso apresentados? Compartilhe conosco sua opinião nos comentários!
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