Como usar o Big Data para estreitar o relacionamento com o seu cliente?

Escrito por humanos

Você já parou para pensar na quantidade e na variedade de dados que geramos e armazenamos a cada dia? Bancos, companhias aéreas, operadoras de telefonia, serviços de busca on-line e redes varejistas são apenas alguns dos inúmeros exemplos de empresas que convivem diariamente com grandes volumes de informações. No entanto, ter um gigantesco volume de dados não basta. É importante saber como usá-los. E é aí que entra em cena o conceito de big data.

O termo é utilizado para descrever grandes volumes de dados, que ganham cada vez mais relevância à medida que a sociedade se depara com um aumento no número de informações geradas a cada dia.

Os “5 Vs”

Na área de Tecnologia da Informação, o conceito se baseia em 5Vs: velocidade, volume, variedade, veracidade e valor.

Velocidade: a rapidez com que os dados são produzidos e tratados. São mensagens de redes sociais viralizando-se em segundos, transações de cartão de crédito sendo verificadas a cada instante ou os milissegundos necessários para calcular o valor de compra e venda de ações. O big data serve para analisar os dados no instante em que são criados, sem ter que armazená-los em bancos de dados.

Volume: a quantidade de dados que são produzidos. Pense em todos os e-mails, mensagens de Twitter, fotos e vídeos que circulam na rede a cada instante. Só no Facebook são 10 bilhões de mensagens, 4,5 bilhões de curtidas e 350 milhões de fotos compartilhadas todos os dias. A tecnologia do big data serve exatamente para lidar com esse volume de dados, guardando-os em diferentes localidades e juntando-os através de software.

Variedade: os diversos formatos de dados: áudio, vídeo, texto, imagem. No passado, a maior parte dos dados era estruturada e podia ser colocada em tabelas e relações. Hoje, 80% dos dados do mundo não se comportam dessa forma. Com o big data, esses novos formatos, que são dados não-estruturados, podem ser administrados juntamente com dados tradicionais.

Veracidade: Nem todos os dados gerados na internet possuem valor para um negócio. É preciso destacar o que é rico em conteúdo em meio a tanta informação. Ao garantir essa separação, o que sobra são conhecimentos importantes para compreender melhor o consumidor e o seu comportamento.

Valor: Não adianta o acesso a uma quantidade massiva de informação se não puder gerar valor, que é a informação passível de análise e a sua conversão em material para ser aplicado nas decisões de uma empresa.

Conseguir aplicar os 5Vs do big data no seu negócio vai permitir a maior eficiência na previsão de tendências do mercado, o conhecimento de atitudes para fidelizar clientes e a melhora dos processos internos para atingir o sucesso. Com o uso de análises preditivas e de alguns outros métodos avançados, as tomadas de decisões podem ser feitas de maneira muito mais confiável. E melhores decisões podem significar maior eficiência operacional, redução de risco e redução de custos.

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Como tirar o máximo proveito do Big Data

O relacionamento entre uma companhia e seus clientes começa muito antes da primeira venda. As organizações devem captar o interesse dos clientes em potencial quando ainda estão investigando suas opções, e demonstrar que são capazes de fornecer os produtos e serviços personalizados que os clientes desejam.

Se você quiser ganhar clientes, deverá conhecê-los individualmente. Para isso, deverá aproveitar todos os dados de que dispõe — de dentro e fora da organização — e realizar predições mais inteligentes sobre suas necessidades e comportamentos. Ao compreender melhor os seus clientes, você pode proporcionar o nível de serviço que aumentará a retenção e transformará os clientes em defensores de sua empresa. E é aí que as ferramentas de big data e de Business Intelligence entram em cena.

Alcance destaque em curto prazo

Com o big data é possível conseguir diferenciais competitivos e resultados de curto prazo. Segundo o relatório de tendências do IDC para 2016, dando continuidade a uma tendência já apontada em 2015, os projetos de Big Data/Analytics devem movimentar US$ 811 milhões no Brasil este ano. A proximidade entre as áreas de TI e de linhas de negócio tem levado a um melhor entendimento das necessidades das empresas, gerando bons resultados. O movimento tende a se intensificar, com uma expansão do uso e ampliação a novas áreas de negócios.

Como isso funciona na prática:

O big data pode ser usado para fazer análises de comportamento em lojas, por exemplo: um sistema de câmeras permite identificar locais mais frequentados pelos clientes, percurso feito dentro da loja, tempo com determinado produto em mãos, reações frente a vitrines e prateleiras, segmentação de informações por sexo, dentre outros. Isso é útil para soluções que vão desde o relacionamento e fidelização de clientes ao replanejamento do layout.

Imagine uma agência bancária que monitora as ações mais frequentes de seus clientes. Fazendo análises, seria possível descobrir, por exemplo, que o sr. João Pedro vai sempre próximo ao dia 10 falar com o gerente sobre aplicações. Isso permite que seu gerente se antecipe e sempre ofereça ao cliente a melhor aplicação por email, por exemplo, sem precisar aguardar os questionamentos do cliente, ganhando a confiança dele e estreitando os laços com o banco.

Dissemine a análise em sua empresa

Não basta apenas implementar big data de um dia para o outro. Para se ter resultados melhores, é preciso que a empresa estimule seus colaboradores a pensar, avaliar e criticar as informações que têm em mãos. Algumas sugestões podem lhe ajudar:

1)      Crie uma cultura para difundir a análise em todas as áreas de sua empresa. Permita que todos os funcionários tomem decisões baseadas em dados, ao invés de confiar no instinto e em experiências prévias.

2)      Seja proativo com a privacidade, segurança e governança. Certifique-se da segurança e precisão dos dados analisados.

3)      Invista em uma plataforma big data & analytics ajustada à tarefa de lidar com todo tipo de dados e análises, independentemente de sua forma ou função.

Análises transformam empresas

Como já dissemos, informação é poder. Se uma empresa souber como utilizar os dados que possui, poderá entender como melhorar um produto, criar uma estratégia de marketing mais eficiente, cortar gastos, produzir mais em menos tempo, evitar o desperdício de recursos, superar um concorrente, disponibilizar serviços para um cliente especial de maneira satisfatória e assim por diante.

Muitos associam até a conquista da Copa do Mundo do Brasil pela Alemanha a uma grande plataforma de dados que os alemães utilizaram. A aplicação destas técnicas é muito ampla, sendo possível encontrar a necessidade de seu cenário e então utilizar essas tecnologias para facilitar a aplicação e a tomada de decisão.

Ferramentas online podem contribuir

Se sua empresa nunca utilizou nenhuma ferramenta de big data, mas acha importante conhecer e começar a usar, uma sugestão é o Hadoop. Ele é uma implementação de código aberto do modelo de programação Map-Reduce que, por sua vez, é um padrão de programação introduzido pelo Google para processar e analisar grandes conjuntos de dados. Todos esses programas que são desenvolvidos nesse modelo realizam o processamento paralelo de conjuntos de dados e podem, portanto, ser executados em servidores sem muito esforço. Isso porque no funcionamento da solução, uma grande tarefa é dividida em várias tarefas pequenas que são executadas em paralelo em máquinas diferentes e então combinadas para chegar à solução da tarefa maior que deu início a tudo. Um dos exemplos de uso do Hadoop são as análises de padrões de usuários em sites de e-commerce para sugerir novos produtos que eles possam comprar.

Hoje, há também grandes provedores de serviços na internet que oferecem plataformas prontas para se trabalhar com big data utilizando seus serviços. A Amazon possui uma plataforma que é comercializada através do Amazon Web Services; a Microsoft possui sua plataforma que Windows Azure; e o Google tem o Google Big Query. Cada uma possui suas peculiaridades, e também variam de preço e recursos. Em alguns o esforço é maior, em outros, é menor. Vale a pena investigar as ofertas do mercado e ver o que melhor se encaixa na sua necessidade e budget.

A promessa do big data é dar às companhias uma capacidade incomparável de antecipar tendências de mercado e entender o comportamento do consumidor. É uma tendência para os próximos anos e as empresas que querem utilizá-la e estar à frente no mercado terão que se adequar às exigências que virão junto com a solução.

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