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Artigos Escrito por Algar Telecom | 17 de outubro de 2016

O seu negócio está preparado para a reação da economia?

Tempo de leitura: 4 minutos
Tempo de leitura: 4 minutos

Pela primeira vez nos últimos dois anos, as notícias têm sido positivas para o cenário econômico brasileiro. O relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional, em setembro deste ano, apontou que após cinco revisões e “encolhimento”, o PIB (Produto Interno Bruto) deve ter queda de 3,3% e não de 3,8%, conforme foi previsto em abril deste ano.

Com isso, os economistas avaliam que poderá haver uma recuperação rápida para 2017, graças à previsão de recessão menor para 2016 que a vivida em 2015, quando o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve queda de 3,8%. A maior desde o início da série histórica atual.

Essa retração refletiu diretamente em praticamente todos os setores. Entre os que mais sofreram estão o da indústria, com queda de 6,2% e serviços com – 2,7%. A agropecuária foi o único que cresceu e, ainda assim, abaixo do esperado, com 1,8%.

Inflação alta

Esse cenário também se reflete no preço dos produtos, que acaba subindo, o que eleva a inflação, que em 2015 alcançou o maior índice desde 1996, com 10,63%. Para entender o rombo da economia brasileira, é preciso rever o passado.

Na história da economia brasileira, foram vários processos de recessão e alta na inflação, que vai desde o governo Castelo Branco (1964 – 1967) até o plano real em 1994. Nesse período, foram seis programas fracassados de estabilização como Cruzado I, Cruzado II, Bresser, Verão, Collor I e Collor II.

Em 1996, com a implantação do Plano Real, a economia voltou a estabilizar, por determinar que 1 dólar valia o mesmo que 1 real. De 2002 a 2010, o Brasil experimentou uma economia saudável, com crédito disponível, isenção de alguns impostos como o IPI, que elevou o índice de consumo.

Já nos últimos dois anos, o cenário tem sido tenebroso para consumidores e empreendedores e a expectativa baixa. O que quer dizer que a confiança reduziu e, sem ela, a economia não gira.

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Mudança de cenário

Mas, ao que tudo indica, a tendência agora é que a economia comece a se reestabelecer. Segundo o FMI, para 2017 há uma expectativa de avanço de 0,3% no PIB, contra a projeção de crescimento de 0, feita nos dois últimos levantamentos do órgão.

Essa é a primeira vez que o FMI melhora a projeção desde 2012, quando elevou de 4,1% para 4,6% a estimativa de crescimento para 2013. A explicação para essa previsão, segundo os analistas, está na reação positiva às mudanças e reformas político-econômicas anunciadas nos últimos meses.

A entrada de Michel Temer (PMDB) e Henrique Meirelles no governo brasileiro, melhorou a confiança nos indicadores. Isso aponta que 2017 poderá ser um ano bom para quem pretende investir em inovação, projetos novos e no crescimento da empresa.

Prova disso, foi o discurso  do Diretor de Política Monetária do Banco Central, Reinaldo Le Grazie, na Conferência ANBIMA Cetip de Renda Fixa em São Paulo, no dia 20 de setembro. Segundo ele, com a crise, surgiram de modelos de negócio inovadores na prestação de serviços de pagamentos de varejo.

“Baseados no uso intensivo de TI, que oferecem aos usuários maior comodidade, menores custos e uma interessante possibilidade de aumentar a inclusão financeira, com as consequências benéficas daí decorrentes”, disse.

Ainda segundo ele, o Banco Central do Brasil tem promovido um ambiente propício à inovação e aberto à entrada desses novos atores. “Em meio à incerteza econômica global, o Banco Central do Brasil está preparado para o processo de normalização da política monetária das economias avançadas”, discursou.

Mesmo que a expectativa seja melhor, ainda não se sabe ao certo quando será o momento em que a economia voltará a se normalizar. Mas mesmo assim, é importante que as empresas se preparem, para se diferenciarem e saberem agir no momento certo.

Você está pronto?

Com as notícias um tanto positivas para o cenário econômico, você deve se perguntar se está pronto para retomar os investimentos do seu negócio. Faça uma análise das suas contas, tire os projetos que foram engavetados e avalie a possibilidade de fazer novos negócios. O importante é que você aproveite o momento para estar diferente quando essa recessão passar.

Conheça os principais tópicos:

Identifique se há liquidez necessária

Nesses momentos é preciso que sejam identificados os principais riscos de liquidez que a empresa enfrenta e principalmente se ela tem liquidez suficiente para sobreviver após a crise. De preferência não delegue essa atividade, faça o levantamento e identifique todas as obrigações financeiras da empresa para não ser pego de surpresa.

Restaure a rentabilidade

Faça uma análise do fluxo de caixa da sua empresa, se ele estiver baixo e sem rentabilidade, preocupe-se em encontrar uma solução para restaurar a economia, podendo inclusive pensar em um novo modelo de negócio, reduzir custos, investir em tecnologias que ajudem nesse processo.

Ficar parado e esperar que a situação melhore pode ser pior. Esse novo foco permite visualizar o motivo da existência da companhia e ver como é possível prosperar após a recessão.   

Busque um novo caminho

Segundo um artigo do professor Paul Strebel, a recessão pode alterar os princípios econômicos da indústria (vide o exemplo de investment banking) e tornar acessíveis novos tipos de negócios.

Se isso ocorrer, o destaque será em desenvolver um novo modelo de negócios, provocando uma verdadeira mudança na proposta de valor, nos clientes de grande valor e também na cadeia de valor de atividades.

“A chave estratégica não será o oportunismo, e sim a experiência do empreendedorismo. Durante a recessão, o papel principal da diretoria está em posicionar a empresa para disparar no momento de retomada econômica”, escreveu o professor.

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