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Arquivos Escrito por Algar Telecom | 27 de março de 2017

Qual o modelo ideal de gerenciamento: outsourcing ou multisourcing?

Tempo de leitura: 5 minutos
Tempo de leitura: 5 minutos

A terceirização dos processos de TI, seja total ou em partes, é uma tendência global. Há anos, as organizações perceberam as vantagens de delegar a terceiros as atividades que não fazem parte de seu core business. Além de permitir que a empresa se dedique ao seu negócio, a terceirização de TI também representa redução de custos de 20% a 40% e agilidade operacional.

O modelo de terceirização de TI precursor é o outsourcing, no qual a organização contrata um único fornecedor para gerir todos os seus processos de TI. Nos últimos anos, tem crescido outro modelo de terceirização, resultado do amadurecimento das empresas no gerenciamento de contratos. O processo de multisourcing, considerado a evolução do outsourcing, contempla a contratação de fornecedores especializados para processos distintos de TI, possibilitando à organização terceirizar cada processo para um provedor ou ainda terceirizar apenas parte de seu departamento de TI.

Para definir, entre outsourcing e multisourcing, qual é o modelo ideal de gerenciamento para uma empresa, é preciso conhecer suas vantagens e desvantagens. Abaixo, trouxemos as considerações sobre os dois modelos.

Vantagens em comum

A principal vantagem da terceirização de TI está na economia que ela proporciona. Com modelos como outsourcing e multisourcing, as despesas com implementação e manutenção são bem menores, em comparação com uma equipe e uma infraestrutura dedicada dentro da empresa. A administração dos recursos necessários para a entrega do serviço ou da solução é do terceiro. Para ter uma ideia melhor, basta calcular por alto os custos para contratar e manter uma equipe de TI, considerando as despesas com salários, treinamentos, equipamentos etc. Já é possível perceber como contratar um terceiro pode ser mais barato.

Outra vantagem que vale destacar é a expertise do parceiro contratado, com a qual a empresa pode contar. Ao terceirizar o ambiente de TI, a organização se beneficia com uma equipe especializada e tecnologia de ponta. Sendo assim, não precisa se preocupar em renovar sua estrutura de hardware e software, deixando essa responsabilidade para o fornecedor, que é expert no negócio e deve acompanhar a evolução da tecnologia.

Também é relevante o custo-benefício e os resultados proporcionados pela terceirização de TI. Afinal, a empresa investe sob demanda, pagando apenas pelas necessidades identificadas e por projetos ajustados aos seus objetivos. Isso permite que ela chegue a um alto nível de serviço.

Leia também: QUANDO VALE A PENA CONTRATAR UM OUTSOURCING DE TI?

Desvantagens em comum

Assim como investir em terceirização de TI tem vantagens, as desvantagens também existem e devem ser consideradas. A primeira delas diz respeito à segurança e à confidencialidade da informação. Ao terceirizar o ambiente de TI, a empresa dá acesso ou até mesmo controle de informações sigilosas e estratégicas. Uma política de segurança da informação minimiza os riscos, mas, antes de tudo, é preciso conhecer o fornecedor a quem a empresa está entregando seus dados mais valiosos.

A possibilidade de problemas na comunicação é outro ponto negativo da terceirização de TI. Ao optar por um modelo de outsourcing ou multisourcing, parte dos processos da empresa é assumida por um ou mais provedores externos e nem sempre o relacionamento é satisfatório. É preciso escolher um parceiro que realmente entregue aquilo que a empresa espera, inclusive no que se refere às informações estratégicas da organização. Afinal, são dados que pertencem à empresa, apesar de não estarem fisicamente no mesmo local.

Outra desvantagem evidente da terceirização de TI é um possível descuido por parte das prestadoras de serviço com o padrão de qualidade construído pela empresa. Se a organização não optar por um bom fornecedor, corre o risco de ele não se preocupar em cuidar do negócio como dono. Por isso, é necessário escolher criteriosamente provedores qualificados que executem as atividades em nome do negócio.

Agora que já observamos as vantagens e as desvantagens que outsourcing e multisourcing têm em comum, vamos avaliar suas características individuais.

Outsourcing

Além das vantagens em comum com o multisourcing, o outsourcing apresenta uma facilidade a mais: o gerenciamento de apenas um provedor. Para empresas que estão iniciando a terceirização de TI, lidar com um único fornecedor pode ser uma tarefa mais simples do que ter fornecedores especializados para processos diversos, como sugere o multisourcing.

Por outro lado, uma desvantagem que pode representar um grande desafio com a adoção do outsourcing é a empresa depender de um único fornecedor. Encontrar bons fornecedores não é uma tarefa fácil, especialmente para grandes empresas. Geralmente, levam-se anos para levantar uma relação de fornecedores confiáveis e, ainda assim, não é garantia de os produtos e serviços estarem sempre à disposição, nem com a qualidade e o preço esperados. Se é assim com uma rede de parceiros, imagine com um único. Normalmente, os contratos são de longa duração e a preços altos. A negociação fica mais limitada quando há a opção por um fornecedor único. Além disso, se há problemas no relacionamento com esse fornecedor, a empresa passa a ter menos controle sobre seus sistemas, tornando-se dependente do provedor de serviços.

Multisourcing

O multisourcing é visto por muitos CIOs como a solução para os problemas encontrados no outsourcing. Como se trata de uma terceirização seletiva, as empresas mais experientes em terceirização de TI se beneficiam por já serem capazes de determinar adequadamente quais processos podem ser terceirizados e quais são estratégicos.

Entre as vantagens do multisourcing, destacam-se os altos níveis de serviços alcançados. Porque os serviços de TI são classificados em várias linhas ou divisões e escolhe-se o melhor fornecedor para cada tipo de serviço. Assim, a organização passa a priorizar determinadas atividades que são estratégicas para o negócio. Esse modelo elimina o profissional “faz tudo”, que, apesar de ser capaz de resolver problemas de diferentes competências, não é especialista em nenhuma. Isso facilita o trabalho dos CIOs de grandes empresas, que consideram mais fácil controlar vários fornecedores especializados do que um generalista.

Sendo assim, diferente do outsourcing, o que o multisourcing oferece é a possibilidade de não depender de um fornecedor único. Para as grandes organizações, não é seguro entregar todos os serviços na mão de um único provedor de serviços e confiar nele para os processos de TI fim a fim. Uma pesquisa da Itelogy, consultora de negócios, identificou que os CIOs das 20 maiores empresas brasileiras administram pelo menos 10 fornecedores de TI. Nesse modelo, cada processo é administrado por um fornecedor especializado naquilo que se propõe a fazer, ou seja, cada fornecedor cuida do que entende melhor.

Dicas para escolher entre outsourcing e multisourcing

O modelo ideal de gerenciamento é aquele que se adequa às necessidades da organização. Para decidir tanto por outsourcing quanto por multisourcing, é preciso tomar alguns cuidados:

  • Pesquise a atuação dos fornecedores antes de contratar;
  • Busque cases de outras empresas que tenham contratado os parceiros com os quais a sua organização pretende negociar;
  • Não terceirize atividades diretamente ligadas ao negócio da empresa;
  • Não se iluda com serviços oferecidos por preços mais baixos – não que os mais baratos sejam ruins, mas desconfie;
  • Verifique se o fornecedor atende a todas as regras exigidas pela legislação trabalhista. Caso contrário, a empresa contratante pode ser responsabilizada.

Agora ficou mais fácil decidir entre outsourcing e multisourcing? Qual modelo você acredita ser mais interessante para sua empresa? Deixe-nos seu comentário.

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