Inicialmente, quando foram criados, os computadores tinham como principal tarefa conseguir realizar cálculos matemáticos complexos de forma muito mais rápida do que os seres humanos são capazes de realizar. Para que isso se tornasse possível, foi preciso criar uma forma de comunicação entre pessoas e máquinas, a fim de transmitir as informações de um ponta até a outra e fazer com que elas se tornassem compreensíveis, chegando assim ao resultado esperado.
Como os computadores entendem apenas sequências de códigos binários, que são formados por 0 e 1, todas as instruções dadas precisam obedecer à essa regra de comunicação. O fato de existir combinações incontáveis de códigos formados a partir de 0 e 1, faz com que esse trabalho seja extremamente moroso e complicado. Nesse sentido, tornou-se necessário encontrar uma forma de traduzir de maneira mais rápida e eficiente a mensagem de um lado para outro.
E é justamente nesse ponto que as linguagens de programação se tornaram parte vital do processo de funcionamento da computação. Criada para garantir que a comunicação entre humanos e computadores seja a mais eficiente e clara possível, elas são consideradas mais próximas da linguagem humana, sendo assim mais fáceis de serem lidas e compreendidas. Portanto, as linguagens de programação podem ser definidas como padrões de codificação binária que possuem sintaxe e semânticas específicas, tornando possível a criação de instruções para os computadores.
Classificações das linguagens de programação
As linguagens de programação podem ser classificadas de algumas formas. Entre as categorias mais comuns, estão as classificações quanto ao nível da linguagem e também a partir de paradigmas. Entenda um pouco mais sobre essas diferenças a seguir.
Paradigmas de programação
Um paradigma de programação é o modo como um problema de computação é solucionado. Geralmente, as linguagens conseguem suportar mais de um paradigma, que é escolhido de acordo com o tipo de problema a ser resolvido. Os dois paradigmas de programação mais utilizados são o procedural e o paradigma orientado a objetos.
O primeiro, em que ordens são dadas ao computador, uma sequência de comandos é transmitida para que a máquina possa executá-la. Já o segundo, considerado o mais popular atualmente, baseia-se no uso de componentes individuais, chamados de objetos, que fazem parte da composição de um software.
Níveis de linguagens
No que diz respeito ao nível, as linguagens de programação podem ser classificadas como linguagens de baixo e alto nível. A primeira, que compreende as características da arquitetura do computador, possui sintaxe e semântica próximas ao código compreendido pela máquina, sendo essa a razão pela qual são conhecidas como linguagens de baixo nível. Já as linguagens de alto nível não estão diretamente relacionadas à arquitetura do computador, mas sim à linguagem humana. Assim, o programador não precisa conhecer características técnicas da máquina, uma vez que elas são abstraídas por esse nível de linguagem.
Linguagens que estão caindo em desuso
Há algum tempo atrás, procurar especialização em uma determinada disciplina de tecnologia era algo comum entre os profissionais de TI, principalmente por quase garantir uma oportunidade de trabalho. Porém, com a evolução constante da área, esse tipo de ação já não é considerada a decisão mais acertada para quem busca oportunidades de crescimento na carreira.
Segundo uma consulta realizada por James Stanger, diretor sênior de desenvolvimento de produtos da CompTIA, quanto mais ligado a uma linguagem, sistema operacional ou produto específico o trabalho estiver, maiores são as chances dele se tornar obsoleto. Um exemplo disso foi o que aconteceu com o Cobol, linguagem de programação muito utilizada no passado por grandes instituições financeiras.
Apesar de terem parte de seus sistemas ainda funcionando a partir dessa tecnologia, essas organizações há alguns anos buscam substituí-la por outras linguagens consideradas menos complexas e tão eficientes para o setor quanto o Cobol. Com esse movimento, os desenvolvedores especialistas nesse tipo de linguagem observaram uma queda acentuada no número de oportunidades de trabalho, apesar de ainda existirem vagas pontuais na área.
Juntamente com o Cobol, figuram nessa lista de linguagens de programação que perderam espaço no mercado, tecnologias como Flash e .NET. A ascensão de linguagens que tornam mais fácil a leitura de scripts simples, a popularização do HTML, CSS e JavaScript para o desenvolvimento de interfaces web e o crescente uso dos smartphones, que faz com que o foco dos negócios esteja voltado para os apps móveis e não mais para os Pcs (base da linguagem .NET), são alguns dos motivos que levaram à queda do uso dessas linguagens de programação.
Linguagens que estão em alta
As grandes linguagens de programação, como Java e C#, tornaram-se populares por oferecer uma enorme base de códigos abertos, bibliotecas e frameworks, tornando o trabalho dos desenvolvedores mais fácil e eficiente. Essa popularização faz aumentar o número de aplicações construídas a partir dessas linguagens, portanto a demanda por pessoas que dominam essas tecnologias também cresce na mesma proporção.
De acordo com sites que reúnem profissionais de tecnologia e promovem discussões da área, como GitHub e StackOverflow, as linguagens de programação que estão em alta em 2017 são o SQL, Java, Phyton, JavaScript, C++ e Swift. Já entre as linguagens que já figuram na lista possíveis destaques para os próximos anos e que precisam estar no radar dos profissionais de TI estão Erlang, Go, Groovy, Haskell e OCaml.
Entre essas, a Go talvez esteja em maior evidência. Por ser uma linguagem criada pelo Google e que permite aos desenvolvedores a concisão e estrutura de compilação do C, juntamente com o uso de uma linguagem script dinâmica, a tendência é que o seu uso aumente nos próximos anos.
E você, o que acha sobre o assunto? Acredita que exista outras linguagens de programação que estão em alta e que dominarão o mercado de TI no futuro? Compartilhe conosco sua opinião nos comentários!