Tendências de tecnologias estratégicas para o seu negócio em 2018

Escrito por humanos

No Simpósio do Gartner/ITxpo 2017, realizado em Orlando, nos Estados Unidos, foram apresentadas as 10 principais tendências tecnológicas que impactarão as organizações a partir de 2018. O Gartner elabora essa lista a partir de tecnologias que estão saindo de um status emergente e têm um forte potencial disruptivo, ou segundo as tendências tecnológicas que estão crescendo em ritmo acelerado e podem ser cruciais para o mundo corporativo nos próximos anos. Destacamos, a seguir, os principais pontos de cada uma dessas tendências:

1 – Base em IA

Criar sistemas que aprendem, adaptam-se e agem potencialmente de forma autônoma será um dos principais campos de exploração para os fabricantes de tecnologia, pelo menos até 2020. A capacidade de utilizar a IA para melhorar a tomada de decisões, reinventar modelos e ecossistemas de negócio e melhorar a experiência do consumidor serão aspectos fundamentais às iniciativas digitais nos próximos anos.

Nesse cenário, as organizações precisarão investir em competências, processos e ferramentas para explorar as técnicas de IA, que estão em pleno crescimento. Segundo o vice-presidente de Pesquisas do Gartner, David Cearley, “As áreas de investimento podem incluir a preparação de dados, integração, algoritmo e seleção de metodologia de treinamento e criação de modelos. Vários especialistas, incluindo cientistas de dados, desenvolvedores e donos de processos de negócios, precisarão trabalhar juntos”.

2 – Aplicativos inteligentes e analytics

A tendência, nos próximos anos, é que todos os aplicativos e serviços digitais incorporem algum tipo de Inteligência Artificial. Os aplicativos inteligentes criam uma nova camada intermediária entre pessoas e sistemas e têm o potencial de transformar a natureza do trabalho e a estrutura do local.

Cearley alerta para o fato que as empresas devem explorar os “aplicativos inteligentes como forma de aumentar a atividade humana e não simplesmente como uma forma de substituir as pessoas”. Sobre analytics aumentada (augmented analytics), o pesquisador afirma que “é uma área de crescimento particularmente estratégica que utiliza o aprendizado de máquina para automatizar a preparação de dados, a descoberta de insights e a troca de informações para uma ampla gama de usuários empresariais, trabalhadores operacionais e cientistas de dados”.

Nesse cenário, os provedores de serviços integrados devem delinear como usarão a IA para adicionar valor comercial em novas versões de softwares, sob a forma de analytics avançadas, processos inteligentes e experiências avançadas de usuários.

3 – Coisas inteligentes

As coisas inteligentes são objetos físicos que vão além da execução de modelos de programação rígidos para explorar a IA como forma de oferecer comportamentos avançados e interagir mais naturalmente em diferentes ambientes e com os usuários. Essa inovação está promovendo profundos avanços para novas coisas inteligentes, como: veículos autônomos, robôs e drones, e oferecendo capacidade aprimorada para muitos outros objetos, a partir da Internet de Coisas (IoT), que permite que essas coisas se conectem à internet e ampliem a interação com os usuários.

“Atualmente, o uso de veículos autônomos em ambientes controlados, por exemplo, na agricultura e mineração, é uma área de coisas inteligentes que cresce rapidamente. É provável que vejamos exemplos de veículos autônomos em estradas limitadas, bem definidas e controladas até 2022”, afirma Cearley.

4 – Gêmeos digitais

Gêmeos digitais são a representação digital de uma entidade ou sistema do mundo real. Essa tecnologia no contexto de projetos de IoT é particularmente promissora nos próximos três a cinco. Gêmeos digitais bem projetados têm o potencial de melhorar consideravelmente a tomada de decisões nas empresas. A inovação é utilizada para entender o estado do produto ou sistema, responder a mudanças, melhorar as operações e agregar valor.

“Com o passar do tempo, as representações digitais de praticamente todos os aspectos do nosso mundo estarão conectadas dinamicamente com sua contraparte do mundo real, entre si e carregadas de recursos baseados em IA para permitir simulação, operação e análise avançada”, explica Cearley.

5 – Extremidades de nuvem

A Edge Computing descreve um tipo de computação em que o processamento de informações e a coleta e entrega de conteúdo são colocados mais próximo das fontes dessa informação. Os desafios de conectividade e atraso, restrições de largura de banda – bandwidth – e maior funcionalidade embutida favorecem modelos distribuídos. As organizações deverão começar a utilizar padrões de design Edge em suas arquiteturas de infraestrutura, particularmente para aqueles com elementos significativos de IoT.

A nuvem é um estilo de computação no qual as capacidades de tecnologia escaláveis são entregues como um serviço e, de modo inerente, impõe um modelo centralizado. Segundo Cearley, “Quando usada como conceitos complementares, a nuvem pode ser o estilo de computação usado para criar um modelo orientado a serviços e uma estrutura centralizada de controle e coordenação, com a Edge sendo utilizada como um estilo de entrega, permitindo a execução de processos desconectados ou distribuídos do serviço na nuvem”.

6 – Plataformas de conversação

As plataformas conversacionais promoverão uma profunda mudança na forma como os seres humanos interagem com o mundo digital. Essas plataformas serão capazes de responder a alguns comandos do usuário e executar algumas funções. Nos próximos anos, as interfaces conversacionais serão o  objetivo principal de design para a interação do usuário e serão entregues em hardware dedicado, recursos de sistema operacional, plataformas e aplicativos.

De acordo com Cearley, o desafio que as plataformas conversacionais enfrentam hoje “é que os usuários devem se comunicar de forma muito estruturada e esta é, muitas vezes, uma experiência frustrante. Um diferencial importante entre as plataformas conversacionais será a potência de seus modelos conversacionais e a interface de programação de aplicativos (API), com modelos de eventos usados para acessar, invocar e orquestrar serviços de terceiros para oferecer resultados complexos”.

7 – Experiência imersiva

As realidades virtuais (VR) e as realidade aumentadas (AR) estão modificando a forma como as pessoas percebem e interagem com o mundo digital. O mercado da VR e da AR ainda está em fase inicial, mas o interesse de explorar essas tecnologias é alto.

Nesse sentido, a realidade mista, um tipo de imersão que combina e estende a funcionalidade técnica tanto de AR como de VR, está emergindo como escolha de experiência imersiva, proporcionando uma tecnologia atraente que otimiza sua interface para combinar melhor a maneira como as pessoas visualizam o mundo e interagem com ele.

8 – Blockchain

A tecnologia de blockchain está evoluindo de uma infraestrutura de moeda digital para uma plataforma de transformação digital. As tecnologias de Blockchain oferecem uma saída radical dos atuais mecanismos centralizados de transação e manutenção de registros e podem servir como base de negócios digitais disruptivos, tanto para empresas estabelecidas quanto para startups. Além disso, o blockchain têm vários potenciais de aplicações, incluindo governo, saúde, fabricação, distribuição de mídia, verificação de identidade, registro de títulos e cadeia de suprimentos.

9 – Eventos de negócios

Os eventos de negócios são considerados qualquer coisa que seja assinalada digitalmente, refletindo a descoberta de condições importantes ou mudanças de condições. Por exemplo, a conclusão de uma ordem de compra ou o desembarque de uma aeronave. Com o uso de corretores de eventos, IoT, cloud computing, blockchain, gerenciamento de dados na memória e IA, eventos comerciais poderão ser detectados mais rapidamente e analisados de forma minuciosa. Embora seja promissora, essa tecnologia demanda às organizações líderes de TI, planejadores e arquitetos que impulsionem essa nova cultura.

10 – Adaptação contínua do risco e da confiança

A fim de aprimorar questões de segurança digital, os líderes de segurança e gestão de risco devem adotar uma abordagem de avaliação contínua de risco e confiança (Continuous Adaptive Risk and Trust Assessment – CARTA), que permite a tomada de decisões baseada na confiança e no risco em tempo real e com respostas adaptadas.

As infraestruturas de segurança precisam se adaptar em qualquer lugar para explorar de fato essa tecnologia – e gerir os riscos – que advém da disponibilização de segurança que se move à velocidade do negócio digital. Como parte da abordagem CARTA, as organizações precisam superar as barreiras que existem entre as equipes de segurança e as de aplicações, por meio, por exemplo, de processos e ferramentas de DevOps, que mitigam as barreiras entre o desenvolvimento e as operações.

Mais do que tendências inovadoras, essas tecnologias possuem um forte potencial disruptivo e devem ganhar a atenção das organizações como novidades fundamentais para os próximos passos estratégicos de TI. Considerando a lista do Gartner, você já pensou em que medida essas tecnologias podem impactar em seu negócio e no mundo corporativo em geral? Compartilhe a sua visão na seção de comentários.

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