A tecnologia muda numa velocidade impressionante. Ela altera comportamentos e estratégias, fazendo com que todos os envolvidos se adaptem às novidades. No entanto, uma dessas recentes mudanças têm chamado a atenção: em vez de as pessoas de adequarem à tecnologia, a tecnologia é que se adequa às pessoas. Os líderes dessa nova era perceberam que é o indivíduo que molda o mundo para atender às próprias expectativas e às das empresas. Portanto, não faz sentido que o indivíduo é que tenha que se adaptar.
A tecnologia moderna, então, concentra-se nas pessoas, combinando o conhecimento tecnológico com percepções humanas. Isso permite que o poder do indivíduo seja expandido e que, portanto, ele realize ainda mais no mundo corporativo, seja como funcionário ou como cliente. Esta é a era da empresa inteligente, em que a tecnologia incorpora características humanas para trabalhar a favor de seus objetivos.
Elencamos abaixo as 5 tendências da era da empresa inteligente, segundo a Accenture.
1. Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial (IA) destaca-se como mais do que uma ferramenta tecnológica para ajudar a aumentar a eficiência ou gerar valor para a empresa, mas como uma tecnologia capaz de tarefas mais complexas, baseadas nas percepções humanas. A IA mostra-se em computadores que respondem a perguntas, carros autônomos e até mesmo em traduções simultâneas realizadas por meio do aprendizado de máquinas. Assim, a IA traz novas funcionalidades a partir de interações naturais, o que elimina a necessidade de entender uma tecnologia complicada para usá-la: basta falar, fazer gestos ou tocar para que ela responda ao comando.
É por isso que, para a Accenture, a IA não é mais sobre como a empresa faz as coisas, mas quem a empresa é. Ela deve ser implantada na empresa com o objetivo de eliminar uma interface complexa e tornar a tecnologia intuitiva. Simples e como parte do negócio. Como a IA assume o papel principal de interagir com clientes e funcionários, deve ser considerada uma competência central dos cargos mais altos da empresa, como os C-levels, exigindo investimento e estratégia.
2. Novo papel dos terceiros nos ecossistemas digitais
A segunda tendência da era da empresa inteligente é o novo papel dos terceiros nos ecossistemas digitais, o que significa que as empresas têm confiado a terceiros e suas plataformas a integração das funcionalidades de seus principais negócios. Dessa forma, empresas com visão estratégica aproveitam essa relação, projetando uma nova cadeia de valor, que é capaz de transformar seus negócios, produtos e, inclusive, o mercado. É uma maneira de se multidimensionar para um mundo digital.
Seja como fornecedores de plataformas ou como participantes em ofertas de outras empresas, há a necessidade de que todas as organizações se destaquem ao alavancar a força das plataformas em seu ecossistema, a fim de ampliar seu sucesso na economia digital. Isso levará a um crescimento de empreendimentos colaborativos entre líderes e, como consequência, a uma natural evolução da cadeia de valor. A vantagem competitiva depende da força dos parceiros, dos ecossistemas escolhidos e dos planos para ajudá-los a crescer.
3. Reinvenção da força de trabalho
Os modelos legados de trabalho e as hierarquias estão perdendo espaço para as plataformas de mão de obra sob demanda e para as soluções de gestão de trabalho online. Essas mudanças são responsáveis pela chamada reinvenção da força de trabalho, em que o mercado se abre para talentos em busca de uma rápida inovação e de se transformar em um negócio efetivamente digital.
Essa nova forma de trabalho promove profundas mudanças desde a Revolução Industrial. Há muito tempo, uma remodelação é necessária e as transformações digitais estão prontas para fazê-la acontecer. Trabalhar para um modelo de mercado corporativo em que as empresas são projetadas para as pessoas pode impulsionar uma agilidade de negócios sem precedentes. Empresas que investem em inovação de pessoas hoje vão desencadear o potencial humano e a criatividade e, ao evoluir suas estruturas corporativas, preencher uma peça perdida na revolução digital.
4. Tecnologia projetada para o comportamento humano
Transformar a tecnologia para se adaptar às necessidades humanas vai muito além de melhorar a qualidade da experiência entre pessoas e máquinas. Melhora também as próprias soluções tecnológicas. Ao considerar e responder ao comportamento humano, as empresas têm a oportunidade de transformar suas relações com as pessoas. Dessa otimização conjunta, é criada mais do que uma relação personalizada, mas uma parceria.
Assim, as empresas digitais passam a trabalhar com máquinas em torno das pessoas e, não, com pessoas ao redor de máquinas. Essa mudança de perspectiva é o que norteia essa nova relação. Líderes digitais agora têm mais dados sobre as maneiras como as pessoas interagem com a tecnologia, além de ser capaz de processar esses fluxos maciços de informação. A descoberta dessas expectativas dos clientes cada vez maiores levou as empresas a oferecerem serviços digitalizados de forma mais personalizada. Além disso, com essa compreensão do comportamento, as organizações também estão projetando tecnologias que são mais adaptáveis, responsivas e alinhadas aos objetivos e ações de clientes e funcionários.
5. Criação de novas indústrias digitais
Criar novas indústrias digitais e definir as regras para elas – de padrões éticos às melhores práticas – é a nova responsabilidade corporativa. As empresas precisam assumir funções de liderança para criar as novas regras do jogo digital e concretizar suas ambições digitais. Uma coisa é certa: as que assumirem o comando encontrarão um lugar próximo ou mesmo no centro de seus novos ecossistemas, enquanto os que não arriscam ficarão para trás.
As empresas que assumem a liderança podem estabelecer as regras para quaisquer novos desafiadores em indústrias e ecossistemas que ainda estão surgindo. Ao definir as novas regras do jogo, estão pavimentando o caminho para as outras que virão. E, ao demonstrar liderança neste espaço para clientes, parceiros e agências externas, as organizações terão liberdade expandida e oportunidades para inovar.
Agora que você conhece as 5 tendências da era da empresa inteligente, consegue identificar o início de algumas delas em sua organização? Como os líderes têm absorvido a evolução para o digital e as mudanças tecnológicas? Há indícios de uma tecnologia voltada ao comportamento humano? Deixe seu comentário abaixo.