Os ciberataques já eram muito comuns no cotidiano das empresas. Mas a pandemia da COVID-19 e o impulsionamento da digitalização no mundo tem servido como uma grande oportunidade para o aumento de ataques cibernéticos.
Um exemplo bem atual de ciberataque foi o vazamento de dados de mais de 223 milhões de brasileiros, com hackers vazando informações, como CPF, endereços, fotos de rosto, imposto de renda de pessoa física, e muitos outros dados sensíveis.
Esse vazamento, infelizmente, mostra uma situação de descaso por parte das empresas em relação à cibersegurança, que é um assunto que deveria ganhar mais atenção e prioridade por parte dos negócios.
Principalmente no Brasil, que está em segundo lugar no ranking mundial de países que mais sofrem com ciberataques. Por isso, vamos falar um pouco mais sobre eles e alguns tipos diferentes que geralmente são praticados.
Como funcionam os ciberataques?
Em sua maioria, os hackers usam ferramentas de inteligência artificial para aplicar golpes e pedir resgates. Ou seja, um software realiza o trabalho e reporta ao indivíduo o que conseguiu acessar e coletar.
Normalmente esses softwares são encontrados na Deep Web, uma parte mais profunda e de difícil acesso da internet, onde também é possível encontrar bancos de dados com informações vazadas.
Portanto, não é necessário que o indivíduo possua conhecimento sobre programação para realizar um ciberataque. O que torna essa prática ainda mais fácil no Brasil, principalmente devido a falta de importância que as empresas dão à cibersegurança.
Quais são os tipos mais comuns de ciberataques?
Há alguns problemas comuns que facilitam os ciberataques, como, por exemplo, a falta de proteção adequada nos dispositivos. Cerca de 87% das invasões começam através de um único computador desprotegido dentro da empresa.
Ainda por cima, a maioria das médias e grandes empresas não têm muita preocupação em ter processos de segurança rígidos quando o assunto é senhas e acessos a documentos ou rede interna da empresa.
Porém, há alguns ciberataques que são mais comuns, e vamos falar sobre eles a seguir.
DDoS Attack
É um dos ataques que mais tira proveito do aumento do Home Office por parte das empresas. Seu objetivo é sobrecarregar as atividades do servidor, provocando lentidão no sistema e tornando acessos e sites indisponíveis.
Ou seja, com as empresas tendo um maior fluxo de acesso devido ao Home Office, esse tipo de ataque costuma passar despercebido pela segurança.
Port Scanning Attack
Trata-se de um malware que realiza uma busca no servidor da empresa, procurando por vulnerabilidades. Caso consiga encontrar brechas de segurança no servidor, ele rouba dados a fim de danificar o sistema.
Ransomware
O Ransomware bloqueia o acesso a todos os arquivos do servidor atacado, e para liberar o acesso a eles, o sequestrador exige uma recompensa, geralmente paga em bitcoins.
Phishing
Nesse ataque, o usuário geralmente é levado a uma página falsa, geralmente idêntica à original, para que ele possa inserir dados sensíveis. Na maioria dos casos, os usuários inserem dados de conta bancária, senhas, e até CPF.
Esse é um dos ataques mais comuns e que possui mais sucesso por parte dos hackes.
Injeção de SQL
Este ataque é usado pelos cibercriminosos para entrar no banco de dados dos sites, e acontece quando os sites não têm a limpeza de entrada, que garante que as entradas do usuário final não escapem pelas brechas.
Assim, é possível excluir dados ou editar o banco de dados, especialmente se seu alvo for sites financeiros. Dessa maneira, o cibercriminoso pode mascarar os dados bancários de alguém e desviar dinheiro para sua própria conta.
Cross-Site Scripting (XSS)
Geralmente aplicado em páginas que sejam comuns a vários usuários, o Cross-Site Scripting é feito para sequestrar o acesso de usuários e administradores.
Ele acontece por meio de páginas iniciais de sites ou até mesmo de páginas onde usuários podem deixar depoimentos.
Ameaça persistente avançada (APT)
Os APTs geralmente são projetados para um alvo específico, e seu objetivo é obter acesso contínuo a um sistema, ao invés de uma entrada e saída rápida.
São ataques direcionados, na maioria das vezes, a organizações em setores como defesa nacional, indústria financeira, ou seja, empresas que lidam com grandes valores.
Como se proteger?
As empresas podem começar a investir em métodos e soluções que ajudem a definir processos de segurança.
Por exemplo, trocar senhas com frequência, fazer uso de antivírus e ter documentos oficializando essas práticas para os colaboradores.
Além disso, há soluções no mercado para que as empresas tenham uma proteção de dados mais eficaz e segura, como o Vision MEDR, da Algar Telecom.