Se tem uma área que vem sofrendo profundas transformações nos últimos anos, esta área é a Tecnologia da Informação (TI). Quando olhamos para a TI aplicada às empresas, temos ainda mais mudanças para apontar, pois, mais do que nunca, as corporações de todos os portes e segmentos estão recorrendo à tecnologia para melhorar seus processos, produzir mais e melhor, reduzir custos etc. Tanto é verdade que, de acordo com a consultoria IDC, mesmo num ano de baixo crescimento da economia brasileira, a TI deve crescer por aqui 5%, movimentando cerca de 165,6 bilhões de dólares.
As empresas estão se beneficiando da terceira plataforma de TI
É possível dividir a história da tecnologia da informação em três grandes momentos, chamados pela IDC como ‘as três plataformas da TI’. Num primeiro momento, surgem os mainframes, grandes computadores que ocupavam prédios inteiros e eram usados para processar dados de várias empresas (nos chamados bureaus tecnológicos), adotados principalmente por bancos.
A segunda plataforma iniciou-se com a chegada dos computadores pessoais (PCs), que ajudaram a “democratizar” a computação. É o momento em que as empresas começam a usar mais computadores para processar seus dados. Logo vem a internet que permite a criação de redes de computadores, tanto internamente quanto com o mercado; isso marcou um salto sem precedentes na capacidade de comunicação e geração de negócios, acompanhando a aceleração do processo de globalização da economia.
Finalmente, chegamos ao momento em que vivemos, chamado terceira plataforma de TI, que é marcado pelo surgimento de novas tecnologias como computação em nuvem, big data, mobilidade, internet das coisas, entre outras. Todas estas novas abordagens tecnológicas permitiram que as empresas potencializassem suas infraestruturas de TI com baixos investimentos, explorando serviços que vão de virtualização de servidores até aquisição de sistemas e aplicativos sob demanda, pagando apenas pelo que utilizam e não precisando mais comprar licenças de uso.
Computação em nuvem
Compartilhar recursos de computação em vez de ter servidores locais, o que é conhecido como cloud computing, computação em nuvem, em português, já é uma realidade para empresas de todos os portes.
Ela amplia as capacidades tecnológicas, traz redução de custos, escalabilidade, entre outros benefícios que estão modificando a relação dos negócios com a tecnologia.
Mobilidade
De acordo com a IDC, a tecnologia móvel, ou seja, toda a infraestrutura e aplicações para criação e disponibilidade de produtos e serviços para dispositivos móveis, é hoje responsável por 40% do montante dos investimentos em TI no mundo.
Cada vez mais, as empresas passam a criar e adquirir aplicativos e a disponibilizá-los para suas equipes utilizarem em seus dispositivos (tablets, smartphones etc.). Aí também nasce a necessidade de fazer a gestão de mobilidade corporativa: estruturar redes, controlar acessos, criar e cobrar regras de condutas dos usuários etc.
Big Data
Como a quantidade de dados gerados pelas empresas e também por usuários comuns aumentou significativamente, surgiu a necessidade de lidar com estes dados desestruturados para extrair deles informações relevantes para a tomada de decisão. Surgiram então as práticas de análises de dados e também ferramentas para organizar, interpretar e estruturar grandes quantidades de dados.
Técnicas e ferramentas de big data dão aos negócios mais poder de captação de informações de seus clientes para melhorar ações de marketing e vendas, entre outras milhares de possibilidades.
Internet das Coisas
Também a quantidade de objetos que podem estar conectados a web, captar e enviar dados por meio de aplicativos e sensores, é uma revolução em andamento, que se chama Internet das Coisas e está gerando o nascimento de negócios, produtos, serviços, de uma forma surpreendente.
Aumentam as preocupações com segurança da informação
Se, por um lado, as empresas se beneficiam com o aumento da capacidade tecnológica e das possibilidades para utilizar a tecnologia, também aumentam as preocupações com a segurança da informação.
Logicamente, quanto mais aplicações tecnológicas, mais pessoas sem boas intenções agem para interceptar comunicações, roubar e danificar dados. De acordo com a McAfee, 2015 será um ano recorde de fraudes cibernéticas, especialmente por conta do aumento de dispositivos móveis conectados.
Mudanças na área de TI requerem profissionais com nova mentalidade
Por um lado, apesar dos desafios com a segurança, parece simples que as empresas consigam melhorar seus processos e manter suas operações em dia com mais aparato tecnológico. Não é tão simples. E a chave para lidar com tudo isso é o novo profissional de TI, um profissional com uma nova mentalidade.
Se antes este profissional era muito voltado para a técnica, agora, além de conhecer o que está por traz dos sistemas e da infraestrutura de TI, ele precisa ter uma atuação mais consultiva, mais voltada para a busca de soluções. Entram neste novo perfil: capacidades de atualização com as novas tecnologias, gestão de relacionamento com fornecedores e prestadores de serviços, poder de negociação (com a direção da empresa, com os usuários e também com fornecedores e equipe), gestão de projetos etc. Também a capacidade de lidar com usuários com mais conhecimento e, portanto, mais exigentes é um desafio para o novo profissional de TI.
A mudança de mentalidade tem muito a ver com a capacidade de resiliência perante os desafios, mas também com a capacidade de reconhecer como a tecnologia pode potencializar negócios – o novo profissional de TI precisa entender do negócio tanto quanto seus colegas da controladoria ou do departamento financeiro -, sempre considerando a estratégia corporativa e lidando com prazos e orçamentos.
E as oportunidades são muitas. Para se ter uma ideia, uma pesquisa da Cisco revelou que faltam hoje no país mais de 117 mil profissionais qualificados em redes e conexões, entre outras funções. Também crescem as exigências: neste mesmo estudo, descobriu-se que 75% dos empregadores buscam profissionais certificados por fabricantes de hardwares e softwares; 87% das empresas entrevistadas disseram ter dificuldades para conseguir profissionais com conhecimento suficiente para lidar com aspectos de segurança da informação.
Neste movimento, quem quer ter uma boa carreira em desenvolvimento de software deve ampliar sua capacidade para construção de aplicações móveis, cada vez mais demandadas. Já os interessados em uma carreira de liderança, precisam focar em se especializar como gestores de projetos e pessoas, bem como apurar sua capacidade de negociação e administração financeira.
Para todos os profissionais de TI, a capacidade de se renovar constantemente é cada vez mais exigida. No ritmo em que avançam as possibilidades tecnológicas também é preciso avançar a capacidade de extrair o melhor delas.
A TI está mudando constantemente. E você, está disposto a ser um profissional apto para lidar com estas mudanças? Inscreva-se em nosso blog e não perca nenhuma novidade