Seis dicas para startups e investidores construírem uma parceria de sucesso

Escrito por humanos

Toda startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida e desenvolvida em seu ramo de atuação. Muitas vezes, é impossível alcançar essa ascensão sem um determinado parceiro já consolidado no mercado disposto a investir na execução de uma ideia.

Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.  Prova disso é o número de contratos firmados entre startups e grandes empresas no Brasil, que cresceu quase 200% nos últimos dois anos. São inúmeras modalidades de parceria, como Venture Capital (participação societária), investidores-anjo (pessoas físicas dispostas a desenvolver o negócio em busca de uma parte dos lucros), crowdfunding (investimento coletivo de vários agentes), entre outras.

No entanto, é importante frisar que investimento é diferente de doação. Independentemente da modalidade, o investidor estará disposto a confiar grandes quantias de dinheiro em um negócio se não perceber a possibilidade de multiplicar aquele capital posteriormente. O empreendedor precisa, então, atuar de forma sólida e correta no intuito de atrair os melhores parceiros.

Entenda melhor como startups podem cultivar boas parcerias com grandes investidores e aumentar seu patamar de desenvolvimento:

Filtre os melhores parceiros

No ímpeto de conseguir investimentos a qualquer custo, alguns empreendedores podem cometer o erro de firmar parcerias com os parceiros errados. É preciso ter absoluta convicção de que esse potencial investidor tenha propósitos alinhados aos da startup. A melhor alternativa é pesquisar minuciosamente sobre as opções de investimentos no mercado que mais se encaixam às metas estipuladas pelo empreendimento.

Existe uma pluralidade de plataformas online criadas para aproximar investidores e empreendedores, com recursos capazes de unir partes com interesses semelhantes. Outra dica é procurar fontes confiáveis que deem dimensão da trajetória desses potenciais parceiros. Suas experiências em investimentos do tipo e sua idoneidade são dois parâmetros importantes de avaliação.

No entanto, o conhecimento de mercado precisa ir além dessa pesquisa à distância. É necessário ser proativo e construir oportunidades de se aproximar de pessoas estratégicas. Uma dica para cultivar bons contatos é marcar presença em eventos da área, como workshops, palestras, simpósios e conferências. Isso dará oportunidade para enxergar o mercado de forma mais ampla.

Monte uma equipe competente

Não é apenas as startups que procuram as melhores opções de parcerias. Grandes investidores, sejam pessoas físicas ou jurídicas, também realizam um criterioso filtro acerca dos empreendimentos antes de depositar parte do seu capital. Afinal, quem investe espera um retorno considerável de receita. Um dos aspectos mais avaliados é a capacidade dos profissionais que integram a startup.

Antes mesmo de analisar as propostas de parcerias propriamente ditas, um grande investidor procura saber quem são as pessoas com as quais ele está lidando. Ele precisa estar convencido da competência não só dos líderes daquele negócio, mas de cada profissional responsável por colocar em prática a execução de determinada ideia.

É essencial estar cercado de pessoas competentes, engajadas e, sobretudo, dispostas a trabalhar duro em busca do sucesso daquela marca. Essa demonstração de querer fazer a diferença no mercado precisa ser completamente visível ao investidor.

Apresente-se ao mercado com maturidade

Nenhuma empresa em fase de desenvolvimento vai conseguir boas parcerias se não apresentar profissionalismo em suas ações. Mesmo um empreendimento recém-lançado no mercado pode mostrar sinais de maturidade empresarial, como processos bem definidos, propostas inovadoras e capacidade de ser lucrativa.  Não se trata, necessariamente, de exibir receitas de lucro, mas revelar-se no caminho certo para conseguir o sucesso.

Ao apresentar um pitch, muitos empreendedores omitem ou até manipulam características de sua empresa a fim de buscar acordos a todo custo. Isso pode despertar uma curiosidade momentânea do investidor, mas que se transformará em decepção à medida que ele conhecer melhor a realidade da startup.

Tal qual em várias vertentes do relacionamento humano, a sinceridade e a maturidade caminham juntas, tornando-se fundamentais durante toda a parceria. Mostrar que o negócio ainda é pequeno não é nenhum demérito, desde que haja argumentos para sustentar que ele será grande um dia. Apresentar boas ideias, planejamentos estratégicos e tendências de mercado são alguns aspectos que podem gerar segurança e convencimento.

Preze pela autonomia das partes

Investidores e empreendedores precisam atuar harmonicamente, em uma relação na qual cada um facilita a atuação do outro, em busca de um propósito único de crescimento. Quando as partes extrapolam os seus deveres e direitos, a parceria tende a se tornar insustentável.

Essa autonomia precisa vir, inicialmente, da própria sinergia de ideias entre os envolvidos, em constantes diálogos e discussões saudáveis de diretrizes. Mas é preciso ir além da verbalização e regulamentar o papel de cada um em um contrato muito bem fundamentado. Utilizar-se de um apoio jurídico para evitar cláusulas abusivas pode ser algo bastante positivo.

O mais importante para a startup é que o empreendedor consiga manter seus propósitos, evitando que seus ideais sejam radicalmente modificados diante de exigências de quem financia a ideia.

Trabalhe diariamente a inovação

Uma startup deve ser, necessariamente, inovadora. Sobretudo, se a empresa for focada em produzir soluções em tecnologia. Se esse modelo de negócio perder tal característica, um investidor rapidamente pode romper o contrato de parceria em busca de alternativas mais dinâmicas e modernas. Por isso, a inovação é a chave de desenvolvimento.

Lidar com tecnologia é estar diariamente em busca do inédito. Essa procura constante é o que credenciou startups embrionárias como Arquivei, Cuponomia, Freelancer.com a firmar recentes parcerias com gigantes corporações, como Nasa, Disney, Walmart e McDonald’s. Em todos esses casos, empreendedores ousados, mesmo em fase inicial de atuação no mercado, apresentaram soluções tecnológicas que facilitaram a rotina dessas grandes empresas.

O principal fator para que uma nova tecnologia desperte demanda de investimentos é a sua capacidade de solucionar algum problema vivido pelo seu usuário. A maior causa de fechamento de startups nos seus primeiros anos de mercado é o empenho em criar produtos que ninguém vê sentido em consumir.

Peça e forneça feedback

O relacionamento saudável entre empreendedor e investidor deve ser pautado pelo respeito mútuo. É fundamental zelar pelo bom relacionamento, a fim de que cada parte tenha possibilidade de fornecer e receber feedbacks sobre aquela ação conjunta de negócios. É preciso, por exemplo, montar uma metodologia para constante prestação de contas entre os envolvidos.

Mesmo que os resultados obtidos sejam inicialmente decepcionantes, faz parte do processo o repasse integral dessas informações ao investidor. Afinal, isso não é apenas direito de quem deposita confiança e investimento naquela ideia, mas é uma forma de avaliar e melhorar o que está sendo feito equivocadamente.

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