Você já deve ter ouvido sobre o crescimento das ferramentas de analytics ou sobre como valer-se das informações de seus bancos de dados para traçar estratégias de crescimento. Mas você sabe o que é analytics?
O termo se refere à habilidade de utilizar dados, análises e raciocínio sistemático para conduzir a um processo de tomada de decisão mais eficiente. Empregar a inteligência analítica significa melhorar o desempenho do negócio usando dados e análises. Com uma grande quantidade de informação disponível e ferramentas de TI muito avançadas, o cenário para a realização de tais análises não poderia ser melhor.
Sair do plano conceitual e saber exatamente como o analytics ajuda uma empresa na prática é fundamental para que a nova tendência seja aproveitada em todo seu potencial. Com um conjunto de ferramentas e métodos destinados a coletar, organizar e analisar um grande número de dados, pode-se padronizar e identificar outras informações úteis para o negócio.
Informações preciosas o tempo todo
Vamos primeiro olhar a questão dos dados e, em seguida, alguns exemplos de como as análises podem ser utilizadas para transformar dados em informações úteis.
O mundo está repleto de dados e o ritmo de crescimento das informações acelera diariamente. Alguns exemplos são os e-mails, armazenados em bancos de dados corporativos e as conversas telefônicas digitalizadas e armazenadas. Empresas e organizações estão criando e mantendo um registro digital de tudo o que acontece, em seus sistemas financeiros, de estoque, de vendas e RH.
A maioria das coisas que fazemos no mundo digital deixa dados. Por exemplo, nosso browser de internet registra o que estamos procurando e quais sites visitamos. Somado a isso, geramos dados usando sensores: hoje, os celulares rastreiam a nossa localização e como estamos nos movendo. Há ainda dispositivos que medem quantos passos andamos, as calorias queimadas, se dormimos bem ou não. Isso sem falar nas dezenas de fotos e vídeos que captamos diariamente. Para se ter uma ideia do volume, cerca de 100 horas de vídeos são carregados para o YouTube a cada minuto e algo em torno de 200 mil fotos são adicionadas ao Facebook no mesmo período. As TVs inteligentes também são aliadas recentes nesse universo de informações. Elas “sabem” o que você está assistindo, por quanto tempo e podem até mesmo detectar quantas pessoas se sentam em frente à TV.
Nota-se uma explosão no volume de dados, que são a matéria-prima para as análises e desenvolvimento de modelos estatísticos. Mas é necessário também ampliar a capacidade de estudar e tirar o melhor proveito de cada informação. Hoje, é possível estudar dados com velocidade e oriundos de diferentes fontes, o que chamamos de big data.
Como explorar tanta informação
De maneira bem prática, vamos listar alguns exemplos de como essas análises podem resultar, efetivamente, em ganho de receita.
Análise de dados de compra podem trazer informações valiosas. Quando uma mulher fica grávida, por exemplo, seus padrões de compra mudam. Farmácias podem prever que uma mulher está grávida e direcionar a ela propagandas relacionadas a produtos para bebê.
Empresas que possuem centrais de atendimento ao cliente podem desenvolver modelos estatísticos para prever a satisfação ou insatisfação de um cliente, bem como o potencial de cancelamento dele. Assim, pode-se priorizar ações preventivas que evitem a perda do cliente ou ainda evitar a oferta de novos serviços em um momento em que ele não se mostra receptivo para novas aquisições.
Desafios para a implantação
As empresas que querem utilizar projetos de analytics precisam encarar dois desafios. O primeiro é conseguir ter acesso a todas as fontes de dados, seja dentro ou fora da organização. Em geral, essas informações estão espalhadas em diferentes localidades e sistemas, o que exige certo esforço para a sua integração. O segundo desafio é implementar as ferramentas adequadas para coletar as informações nessas fontes, estruturá-las para que se tornem úteis ao negócio e, por último, apresentá-las em um formato amigável que possa realmente contribuir para a tomada de decisão em diferentes níveis hierárquicos da organização. Isso não pode ser feito por bancos de dados e softwares tradicionais, pois a mineração de dados e as análises exigem soluções específicas para esse fim.
Por fim, as organizações que desejam começar a analisar informações desconexas e identificar padrões precisam investir em uma estrutura de hardware e software, o que pode ser caro e trabalhoso. Ou então buscar um parceiro, especializado em análises, que conseguirá oferecer sistemas e ferramentas que irão garantir insights valiosos para o negócio com uma melhor relação de custo x benefício.
Mercado em ascensão
Nas previsões para 2016, a IDC projeta que os mercados de big data e analytics vão movimentar US$ 811 milhões. No entanto, a escassez de profissionais com capacitação para esses projetos é uma dificuldade. A questão deve começar a se resolver em 2017, quando entrarão no mercado os alunos formados pelas primeiras turmas de instituições de ensino que iniciaram cursos específicos em 2013/2014. Essa é uma excelente oportunidade para profissionais que pretendem seguir essa carreira.
Comportamento
O avanço da tecnologia deve causar mudanças profundas nas rotinas das organizações, trazendo novos desafios em diversas áreas. E a de analytics não fica de fora. Uma delas será a busca por profissionais híbridos, com perfil para transitar tanto por temas de tecnologia quanto de negócios.
A coleta de dados por meio de diversos dispositivos, com processamento em tempo real, impactará o poder de analytics. Tal evolução mudará a forma como empresas operam e como pessoas interagem com a tecnologia. Além disso, os robôs devem ganhar peso no auxílio a decisões e, com o auxílio dos recursos humanos, criarão novos paradigmas em termos de análise de informações.
Com tanta informação e, consequentemente, poder, a segurança é um item para atenção. Vivemos em um mundo em que o fluxo de dados acontece por diversas fronteiras. Essas trocas de informações afetará a política de segurança e compliance das organizações, que buscarão novas formas para proteger e garantir o sigilo dos registros que transitarem entre distintos continentes.
Cuidados necessários
Dinâmica dos dados
Não é necessário que as empresas tenham todos os dados disponíveis e prontos no início do projeto. Como novas fontes de informações são constantemente adicionadas e os volumes tendem a crescer exponencialmente, o melhor é avançar aos poucos e realizar testes.
Interação
Como dissemos no início, o volume de informação é grande, mas elas nem sempre estão integradas. A questão, agora, extrapola a não-unificação das informações propriamente ditas. O contexto se agrava quando há colaboradores com excelente desempenho em determinadas disciplinas dentro de um departamento, mas não há interação entre essas pessoas para compartilhamento de práticas que podem acelerar e facilitar o processo de análise.
Coleta das informações
O mais importante, sem dúvida, é ter conhecimento e capacidade de análise para entender a fundo o que a imensidão de informações disponíveis pode nos mostrar e como tirar o máximo de proveito delas.
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