Pensando em maior rapidez, eficiência e inovação, a estratégia de TI está migrando para o modelo bimodal. Afinal, afetado pela velocidade dos tempos modernos, o mundo dos negócios está cada vez mais agitado e requer mais atualizações.
Nesse contexto, o departamento de TI age diretamente, refletindo sobre como impactar a vida da empresa positivamente. Com profissionais que agem de maneira ousada, avaliando novas soluções, produtos e modelos de negócios, a transição para o novo padrão é feita quase que naturalmente.
No entanto, para muitos o novo modelo ainda é algo recente, que gera dúvidas relativas à implantação, impactos, benefícios, malefícios etc. É preciso se atualizar, já que essa é uma tendência mundial para todas as instituições que prezam pela longevidade, especialmente as grandes. Para sanar essa interrogação nos primeiros passos, este artigo irá abordar especificamente o modelo bimodal e os seus pormenores.
O que é o modelo bimodal?
O que se fazia antigamente era discutir, criar e planejar toda a estratégia para o próximo período do ano, com o aval da alta gerência. Nesse caso, a equipe de TI entrava muito tempo depois, apenas para dar suporte a todo o aparato montado.
Com a mudança de cenário, o staff de tecnologia abarcou tarefas que vão além da base apenas operacional. Esses funcionários começaram a participar ativamente da criação e capacitação dos negócios da instituição, sendo agora vistos como parte fundamental do futuro dela. Nessa nova visão, a área de TI precisou se dividir, dando origem ao modelo bimodal.
No novo padrão, existem dois grupos. O primeiro trabalha diretamente com os serviços de TI e é responsável por garantir o melhor produto final, gerindo a rotina operacional. Já o segundo pensa em abraçar as novas oportunidades, sempre melhorando as políticas de negócios da empresa.
Agora, a equipe de TI deve desempenhar duas tarefas distintas que requerem prioridades, recursos e tecnologias diferentes. O objetivo é fazer com que ambas as áreas dialoguem entre si, para que o modelo funcione perfeitamente.
Vantagens do TI Bimodal
Um benefício claro do modelo bimodal vai direto ao encontro dos funcionários. Com toda a experiência adquirida, com o aprendizado e o diálogo de ambos os lados, o impacto na carreira deles é fenomenal. Ambos podem conseguir melhores cargos, com o trabalhador operacional chegando ao patamar de CTO ou fornecedor e os responsáveis pelos negócios transformando-se em ótimos CIOs.
Outro quesito claro é que descentralizar o setor de TI pode ter um bom efeito na empresa. Com o staff de inovação indo para os negócios, a conexão entre os experts de tecnologia vai facilitar a geração de novidades. E esse é um quesito que sempre abre espaço no mercado.
Além disso, a área de TI pode oferecer visões qualificadas e diferenciadas sobre pontos chaves do cerne da instituição. Por exemplo, na arquitetura de informação, nas redes de processos do negócio, no cenário atual da tecnologia e na infraestrutura de operações.
Como implementar o modelo ideal?
Podemos pensar que não existe uma imagem ideal, mas sim aquela que se adequa à moldura de cada empresa em particular. O importante é levar em consideração que, de acordo com o líder global de pesquisa e vice-presidente sênior do Gartner, Peter Sondergaard, até 2017, 75% das companhias irão utilizar o modelo bimodal, e a sua pode ser uma delas.
Até porque, pode parecer que não, mas, no mínimo em alguns aspectos, essa estratégia já existe há algum tempo. Afinal, naturalmente a equipe de TI já fazia essa divisão para facilitar e otimizar o trabalho. A tendência é que a implementação não seja algo muito difícil se a sua instituição já tiver essa cultura.
Também vale ressaltar que não necessariamente será preciso separar os profissionais em dois grupos. Caso haja um bom treinamento e orientação, é possível que todos façam parte do suporte e dos negócios. Essa ação pode até mesmo ser estimulante, visto que, se ambas as partes precisariam dialogar, por que não aprender em conjunto?
Assim, além de haver o enriquecimento profissional, alguns problemas podem ser evitados. Como por exemplo a falta de atenção a um dos lados que pode ocorrer por diversos fatores (desde a simples falta de adaptação, até a pequena importância dada à uma das duas áreas).
Uma forma pensada por muitas empresas para o modelo bimodal é a complementação de talentos. Nesse método, perfis psicólogicos ou profissionais (levando em consideração estudo, experiência etc.) são mesclados em prol de discussões mais ricas no ambiente de trabalho. No entanto, caso a empresa queira realmente fazer a divisão, é preciso ter bastante cautela, conversando muito com a equipe para que haja uma transição gradual.
Por fim, é importante voltar à questão das grandes organizações porque são elas que mais adotam o modelo bimodal. Para uma pequena gestão, talvez não valha a pena fazer a divisão devido à defasagem que pode ser gerada em algum dos setores, ou até mesmo em ambos.
Afinal, se apenas duas ou três pessoas focarem em habilidades específicas, o resultado pode não ser tão bom comparado a grandes equipes. Talvez essa separação possa até mesmo exigir a contratação de mais funcionários.
TI Bimodal x outsourcing
O modelo bimodal é quase uma filosofia que parte da mentalidade do mundo atual. Não é por ter um setor que atua especificamente na área operacional que a terceirização precisa ser deixada de lado.
É possível optar por essa maneira, mas o outsourcing também pode coexistir com o TI bimodal. Uma boa situação que exemplifica a necessidade de parceiros é a existência de um grande volume de trabalho que a equipe especializada não consegue executar.
Seja com equipes distintas ou não, com terceirização ou não, ter esse novo pensamento no setor de TI é o futuro das empresas. É preciso se adaptar a essa nova realidade para atingir melhores resultados e alavancar o sucesso da instituição.
Entendeu o que é o modelo bimodal? Tem alguma dúvida sobre a implementação, terceirização ou algum outro tema? Pensa em outros benefícios ou malefícios que não foram citados nesse artigo? Comente e enriqueça a discussão.
Por: Equipe de Conteúdo Algar Telecom
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