Alguns dos principais agentes relacionados à internet e à informação surgiram e se consolidaram nos últimos 15 anos, revolucionando a forma como boa parte dos seres humanos interagem entre si e com o mundo. Internet em alta velocidade, redes sociais, dispositivos portáteis, comunicação mais instantânea do que nunca, GPS na palma da mão, turismo espacial, entre muitos outros adventos que surgiram nos últimos 15 anos que mudaram a maneira como vivemos.
Na definição do Gartner, tendências tecnológicas estratégicas são aquelas com grande potencial disruptivo, de rápido crescimento, com alto grau de volatilidade. 2016 foi um ano cheio de inovações nas áreas da ciência e da tecnologia e 2017 não será diferente. Confira dez tendências de transformação digital que chegarão no próximo ano:
1. Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina
Em seu simpósio anual, o Gartner posicionou a Inteligência Artifical e o Machine Learning entre as dez principais tendências estratégicas de tecnologia para 2017. Segundo David Cearley, vice-presidente do Gartner, a Inteligência Artificial Aplicada e a Aprendizagem de Máquina avançada vão dar origem a um espectro de implementações inteligentes, incluindo dispositivos físicos (robôs, veículos autônomos, eletrônica de consumo), aplicativos e serviços (assistentes pessoais virtuais e consultores inteligentes).
2. Chatbots
Chatbots são serviços que interagem com o usuário e oferecem informações, em especial para os consumidores, através de uma interface de chat automatizado. E a Inteligência Artificial é uma das tecnologias que ajudam a tornar os chatbots mais populares. Segundo pesquisa do Gartner e da TechEmergence, divulgada pela Business Insider, em 2020, mais de 85% das interações com o cliente excluirão o ser humano, e os chatbots serão a principal aplicação de consumo da Inteligência Artificial, durante os cinco anos seguintes.
3. Transformação digital e nuvem
A partir de 2017, as companhias passarão por uma transformação digital em grande escala. A empresa de pesquisa IDC acredita que a nuvem será um facilitador primordial da transformação digital e prevê que até 2020, 67% da infraestrutura de TI e os gastos com software da empresa estarão relacionados às tecnologias baseadas na nuvem.
Durante essa transição, quase todas as empresas serão um provedor de serviços em nuvem para o seu próprio mercado, tornando as capacidades de nuvem uma preocupação de TI, bem como um problema de operações de negócios.
4. Realidades Virtual e Aumentada
Com o fenômeno Pokémon Go, a Realidade Aumentada (RA) ingressou de vez no radar das pessoas e das empresas. A Realidade Virtual (RV) também oferece inúmeras oportunidades para as companhias a partir de 2017. Durante o próximo ano, 30% das empresas Global 2000 orientadas para o consumidor devem experimentar RA e RV em suas iniciativas de marketing, segundo previsão da IDC, que também espera que as Realidades Virtual e Aumentada atinjam níveis de adoção em massa até 2021, quando mais de um bilhão de pessoas no mundo acessarão regularmente aplicativos, conteúdo e dados através de uma plataforma RA/RV. E não se trata apenas de entretenimento: em 2017, RV vai ser adotada por muito mais startups para o desenvolvimento de soluções de colaboração.
5. Aplicativos Inteligentes
Os aplicativos inteligentes, como os assistentes pessoais virtuais (VPAs), auxiliam os usuários como uma secretária faria. Outros aplicativos, como os assistentes virtuais do cliente (VCAs) são mais especializados, realizam tarefas de suporte e de vendas. Ambos têm a possibilidade de transformar a natureza e a estrutura do local de trabalho. Segundo David Cearley, nos próximos 10 anos, todo aplicativo vai incorporar algum nível da Inteligência Artificial.
6. Plataformas de Tecnologia Digital
Fornecem os alicerces básicos para um negócio digital. O Gartner identificou os cinco pontos principais que permitem as novas capacidades e os modelos comerciais do negócio digital: sistemas de informação, experiência do cliente, análise e inteligência, a IoT e os ecossistemas comerciais. Cada empresa terá uma mescla dessas cinco plataformas de tecnologia digital.
7. Coisas inteligentes
São os objetos físicos que vão além da execução de modelos de programação rígidos, incorporando Inteligência Artificial aplicada e Aprendizado de Máquina para assumirem comportamentos sofisticados e poderem interagir com mais naturalidade com o ambiente que os cercam e com as pessoas. Veremos cada vez mais o surgimento de dispositivos de IoT autônomos, trabalhando em uma malha colaborativa de inteligência.
8. Blockchain e registros distribuídos
Blockchain é um tipo de registro distribuído no qual as transações de troca de valores (em Bitcoin ou outras moedas) são sequencialmente agrupadas em blocos. Os conceitos de Blockchain e registros distribuídos estão ganhando força, pois prometem transformar os modelos operacionais da indústria. De acordo com David Cearley, os registros distribuídos são potencialmente transformativos, porém, a maior parte das iniciativas ainda está na fase de testes alfa ou beta.
9. Aplicativo de Malha e Arquitetura de Serviços (MASA)
Os aplicativos móveis, os aplicativos para Web, para desktop e para IoT conectam-se em uma malha ampla de serviços de retaguarda para criarem o que os usuários enxergam como um único aplicativo. A arquitetura encapsula os serviços e expõe APIs em vários níveis e ao longo das barreiras organizacionais, equilibrando a demanda por agilidade e o aumento de serviços com uma composição e reuso de serviços. A MASA permite que os usuários tenham uma solução otimizada para os endpoints alvo na malha digital, assim como uma experiência contínua à medida que eles transitam nesses diferentes canais.
10. Arquitetura de segurança adaptável
A malha inteligente digital, as plataformas de tecnologia digitais inteligentes relacionadas e as arquiteturas do aplicativo criam um mundo cada vez mais complexo para a segurança. “O usuário do monitoramento e o comportamento da entidade são uma adição crítica particularmente necessária nos cenários da IoT. No entanto, a vantagem da IoT é ter uma nova fronteira para muitos profissionais de segurança em TI criando novas áreas de vulnerabilidade e, normalmente, requerendo novas ferramentas e processos de correção que devem ser levados em conta nos esforços da plataforma da IoT”, afirma Cearley.
Ainda de acordo com David Cearley, a melhor estratégia que os CIOs podem adotar é parar de se preocupar com a tecnologia e passar a se preocupar com os problemas de negócio que precisam resolver. Segundo ele, se começarem pelo problema, terão melhores condições de optar por múltiplas tecnologias para gerar valor.
E você, o que espera para 2017 em termos de inovação e tecnologia para o seu negócio? Compartilhe conosco nos comentários!